segunda-feira, 11 de julho de 2022

Merdas

A atilada e enfática Ana Dubeux (Correio-10/07) repudiou "As inexoráveis merdas do cotidiano". Elas estão por todos os lados. Insistem em amesquinhar a vida dos pacatos brasileiros. Merdas colossais televisivas tratam o cidadão como idiotas. Merdas de franciscanos engravatados de araque são permanentes. Merdas governamentais tiram o sono de famílias. A ameaçadora, venal e canalha politicagem  acumula merdas homéricas. Merdas da intolerância deixam rastros de tragédias, como agora, em Foz do Iguaçu, Paraná. Até quando, Santo Deus! Abonados vivem em mansões, se lixando para esfomeados desesperados que estão perto de comer merda. Tenho fé e esperanças que a exortação final de Ana Dubeux prospere e transborde de alegrias e forças os corações que ainda acreditam no amor, no diálogo, na tolerância e na solidariedade: "Meu cajado, o que me apoia no chão e na terra, é o amor à minha família, aos meus amigos, ao jornalismo. Minha vocação é essa. O resto é aprender a enfrentar as inevitáveis merdas sem perder a dignidade e o humor". 

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