sexta-feira, 25 de julho de 2014

José Sarney: "Boca do Inferno"

Da Coluna do Sarney no "O Estado do Maranhão"
“Coisas de antanho”, como se dizia, era dever de todo poeta para mostrar sua versatilidade, escrever versos de “mal-dizer” ou aderir a classificação de “satírico”, para a qual entrou Gregório de Matos que no Brasil foi o maior no gênero, cognominado “O Boca do Inferno”, pelo relho de quem ninguém escapou na Bahia.
Lembro-me dele para marcar uma maneira de fazer política no Maranhão, e é até um despropósito associá-lo a poetas, já que surgiu de maneira burra e monocórdia achando que se ganha voto denegrindo o Maranhão. Tem até um pivete que se infiltrou na política que fez disso profissão. E coitado do nosso estado, é difamado, insultado, vilipendiado e manchado no seu conceito. O que para nós era e é motivo de orgulho, tornou-se vilipêndio.
Espalharam no Brasil inteiro que o Maranhão é o mais atrasado estado do Brasil, de pior qualidade de vida e para isso caem de números falsos. O IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, criado pelos países ricos para abrir frentes de serviço para os países imperialistas, criado na década de 90, para as multinacionais entrarem para o setor de educação, universidades, como já ocorre no Brasil, fazer gigantescas obras de saneamento, entrar no setor de saúde e etc., estabeleceu que o desenvolvimento de um país se mede por ele, IDH. Sua criação é recente, data de pouco mais de 10 anos. O Brasil, por exemplo, pelo índice com que os países ricos se medem a eles mesmos, o PIB, que é a soma de todas as riquezas nele produzidas, é a 6ª economia do mundo. Há séculos foi assim. Pois o Brasil tem o 81º IDH, atrás de Gana, Iraque, Nicarágua e etc. Pois é esse índice que alardeiam quando querem falar mal do Brasil e pior do Maranhão, que é bandeira de luta da frente Boca do Inferno, que se diz mudança. E o pior, sou eu o responsável pelo IDH há 50 anos, quando ele foi criado há 10 anos. Assim, eu há 50 anos já sabia que ia ser criado esse índice e comecei a persegui-lo para que o Maranhão fosse o pior dele. É séria essa gente?
O Maranhão tem a maior fábrica de celulose do Brasil, a maior fábrica de alumínio, o maior campo de gás em terra do país, o 2º porto (o complexo portuário do Itaqui), é o estado que mais cresceu no país, apesar da campanha violenta que os Bocas do Inferno fazem para denegri-lo. O Maranhão tem um dos mais importantes pontos turísticos do mundo, os Lençóis, e São Luís é Patrimônio da Humanidade, somos o estado com maior com número de escritores patronos e membros da Academia Brasileira de Letras. O Maranhão tem também o político que mais tempo passou no Congresso brasileiro do Império à Republica, com o maior número de mandatos, de deputado a presidente, e o maior poeta brasileiro da atualidade, Ferreira Gullar, além de uma cultura erudita reconhecida. E, de quebra, é onde se fala o melhor português.
Por que esses Bocas do Inferno vivem a botar o Maranhão para baixo? Compare-se eles com os nossos estadistas, os que fizeram nossa glória e lutaram por nós. Por que esse vício de falar mal do Maranhão? Tudo hipocrisia e desejo de que sejamos Venezuela. O Maranhão comunista, é a mudança que desejam. Uma doutrina que tem 150 anos e já morreu. Deixem o comunismo em paz, com a utopia dos que a sonharam.
A coligação Boca do Inferno que caminhe para lá.

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