Acusações eram do período em que senador foi
presidente, entre 1991 e 1992, ano do impeachment. Ministros absolveram Collor
dos crimes de peculato, corrupção e falsidade ideológica
O Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu na tarde
desta quinta-feira (24) o ex-presidente e atual senador, Fernando Collor
(PTB-AL), dos crimes de peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica. As
acusações são do período em que Collor foi presidente da República, entre 1991 a 1992, ano do golpe
institucional perpetrado pelas elites do Congresso e parte da mídia, que o tirou
da Presidência. A relatora do processo, ministra Cármen Lúcia, votou pela
absolvição do senador alegando ausência de provas de autoria e materialidade
dos crimes. Ela foi seguida pelos ministros Dias Toffoli, revisor do processo,
Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Ricardo Lewandowski. O ministro Teori
Zavascki, em seu voto, considerou improcedente a ação que trata do crime de
peculato. Teori foi seguido por Rosa e pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa.
A denúncia contra Collor foi recebida pela Justiça de primeira instância em
2000 e chegou ao STF em 2007. O processo foi distribuído para o ministro
Menezes Direito, mas, com a morte do magistrado, em 2008, o processo passou
para relatoria da ministra Cármen Lúcia. Em novembro do ano passado, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF rapidez no
julgamento da ação penal. De acordo com denúncia apresentada pelo MPF, teria
sido instaurado no governo do ex-presidente Collor “um esquema de corrupção e
distribuição de benesses com dinheiro público” em contratos de publicidade.
Segundo o órgão, o esquema envolvia o ex-presidente, o secretário particular da
Presidência e empresários. Na defesa apresentada no processo, que veio a ser
vitoriosa, os advogados de Collor negaram as acusações e afirmaram que a
denúncia do Ministério Público apresentava falhas. Segundo a defesa, o órgão
fez a acusação sem apontar quaisquer atos teriam sido praticados pelo
ex-presidente.
Veja matéria da Comunicação do STF a respeito,
clicando aqui.
Fernando Collor bagunça
mesmice da campanha presidencial. E, com apoio dos seus eleitores históricos, pode
mudar os rumos do Brasil em 2014
Por Said Barbosa Dib, historiador e
analista político em Brasília
Collor deveria pegar esta decisão e esfregar na cara
dos porcos da imprensa e dos mafiosos da política. E tem o dever de tomar coragem e se
candidatar à Presidência em outubro. Nem que seja para bagunçar o coreto. Os
que votaram Nelle em 1989, os 36 milhões históricos, depois de anos de ditadura, vão voltar a fazê-lo com grande
satisfação...... Depois de 12 anos de poder desperdiçado
do PT, o povo está cansado da polarização da mesmice subserviente ao capital
financeiro internacional entre Tucanato e Petezada. Os cenários na disputa pela sucessão
presidencial precisam de um “salto qualitativo” (expressão clássica da “Esquerda”)
e têm mais complexidade do que a grande mídia tenta fazer crer. Dilma Rousseff,
que disputará a reeleição, tem a caneta do Diário Oficial na mão, mas não tem
carisma suficiente nem voto próprio; Aécio Neves, pelo PSDB, não decola com
discurso anticorrupção falso, pseudo-lacerdista e sonso (e tem ainda o medo de se expor na vida
privada); o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), não passa de aventureiro
que vem há muito apenas surfando no nome de falecido nacionalista Miguel Arraes e que fez a
besteira de se relacionar com uma apátrida internacionalista notória: Marina
Silva, o "Tiririca de Serra". Neste cenário e diante das últimas notícias sobre a absolvição
definitiva de Collor, informações sobre pesquisas reservadas recentes mostram
que apenas uma coisa pode sacudir o cenário político-eleitoral deste ano: a
vingança dos aproximadamente 36 milhões de eleitores que votaram no Collor em
1989 e que se sentiram ludibriados, enganados, traídos e vilipendiados não pelo
ex-presidente, mas por aqueles que o apearam do poder legítimo, quando o
ex-presidente foi deposto por golpe urdido pelo Congresso e pela mídia golpista,
apenas porque não aceitava os “mensalões” da vida. E elles nunca engoliram as piadinhas e os discursos falso-moralistas dos petistas golpistas de então. O peso desta gente (massa
calada, mas consciente), humilhada há anos pelos radicais petistas da época – e
de agora -, hoje pode ser vingativo, desestabilizando por completo a dicotomia anódina
e atrasada entre PT e PSDB. Cassado pelo Congresso Nacional em setembro de
1992, o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB) - e atual senador de
Alagoas – agora definitivamente entra no rol de possíveis candidatos. De acordo
com estratégicos levantamentos reservados, o ex-presidente teria entre 12% e 15%
das intenções de voto, numa avaliação em quatro grandes centros em torno de 6 milhões
de eleitores. Esta demanda da população já havia aparecido em pesquisas sérias em 2010, mas, então, assim como hoje, foi ocultada pela grande mídia. É número relevante, levando-se em consideração que o número de
candidatos no primeiro turno é grande, embora sem grande expressão. Mas isso
também aconteceu em 1989, quando, no primeiro turno, havia Brizola, Affif Domingos,
Maluf, Enéias, Ulisses, Caiado, Covas, etc.. Isto facilitou Collor chegar e
vencer Lula – o então favorito – no segundo turno. Tem site e blog comprados
por aí que tentam fazer pilhéria a respeito da informação apenas para desviar a
atenção da população e desacreditar o potencial do ex-presidente. Coisa de gente
paga pelo Planalto ou pela oposição. Mas, os fatos são interessantes. A verdade
é que informações confidenciais mostram (não podem ser citadas por questões
estratégicas) que os números de Collor, uma vez colocados nas opções
das pesquisas, suplantam em muito candidatos de fachada paparicados pelos mesmos
colunistas sabujos de sempre, como Aécio Neves, Marina Silva e Eduardo Campos. Todos,
candidatos da oligarquia financeira internacional e descomprometidos com o
Brasil. E o pior, sem votos efetivos. Está explicada a razão pela qual os
institutos de pesquisa já manjados não colocam o ex-presidente Collor de Mello
entre os “presidenciáveis” a serem avaliados: o homem está bem nas pesquisas
preliminares sérias, feitas apenas para consumo interno dos partidos. É
verdade. O povão, a massa, a raia miúda, o mesmo povão dos grotões e do “Bolsa
Família” do Lula (classes C e D), quer mesmo é a volta de Fernando Afonso
Collor de Mello na Presidência da República a partir de 2014. E isto está
causando um alvoroço danado em Brasília. Os políticos estão batendo cabeça que
nem cachorro que caiu de mudança. O medo é de que, no momento em que não
se conseguir mais evitar a divulgação das pesquisas, Collor aglutine forças de
todos os partidos que não estão satisfeitos com a dobradinha Dilma/Lula ou com
os já manjados tucanos. Todos sabem que Collor usará como trunfo o fato de nada
ter sido comprovado contra ele, depois de inúmeras acusações. E o ex-presidente
tem toda razão, pois foi realmente deposto, como foi deposto Jango há 50 anos. Quando o motorista Eriberto
França foi usado como respaldo para as denúncias sobre o esquema PC Farias, o
PT automaticamente encampou a história, a CPI tomou força e Collor acabou deposto
por um “golpe de mestre” das elites políticas, simplesmente porque, pelo seu
caráter forte (arrogância de um jovem de 41 anos), nunca aceitou se submeter
aos esquemas e “mensalões” do Congresso que, em 2005, assistimos estarrecidos
na TV. Tudo rápido e simples, tiraram o homem de cena sem choro nem vela. Mas
agora, “Collor vollltooouuu”. Tremam, golpistas!! Sugiro que o ex-presidente Collor se cerque de gente competente, resgate sua coragem famosa e saiba honrar aquelles 36 milhões que acreditaram Nelle. Mesmo que não vença, vai fazer os poderosos atuais repensarem muita coisa. É uma missão patriótica, presidente Collor! Pelo menos estará nos debates para contraditar a mesmice cansativa que está aí. É isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário