O roubo, à noite no campus, da
motocicleta de um funcionário administrativo da UnB não foi capaz de arrancar
do reitor Ivan Camargo mais do que uma declaração seca, formal e inócua:
"É preciso averiguar"... Essa história vem de longe. Desde que o
primeiro reitor "democraticamente eleito" da instituição, Cristovam
Buarque, há mais de 25 anos, fez da omissão um sacerdócio, pois
sua cabecinha nunca foi capaz de distinguir autoridade legítima de
autoritarismo (na dúvida, nada fazia), a segurança no campus virou uma piada de
mau gosto. Sob o pretexto fajuto da "autonomia universitária", o
narcotráfico, o roubo e o estupro transformaram a UnB em verdadeira "zona
liberada" -- jargão militar que designa uma parcela do
território nacional que sai do controle soberano do Estado. Como a entrada
da polícia é dogma para os defensores dessa autonomia, a marginalidade fez do
campus o seu esconderijo favorito. A verdade é bem outra. Em nome do
"direito" de fumar seu baseado numa boa, um grupo de
alunos, engrossado por seus mestres, não hesita em entregar a maioria dos
colegas à sanha dos bandidos.
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