O prefeito de Manaus e presidente de honra do
diretório regional do PSDB-AM, Arthur Virgílio Neto, enviou de Londres sua
manifestação de pesar pela morte do presidente nacional do partido e amigo
Sérgio Guerra.
Sérgio Guerra
“Sergio Guerra era, sobretudo, um marcante ser
humano. Bravo, mas sem arroubos. Orgulhoso, jamais arrogante. Altivo em todos
os seus gestos. Generoso sem ser piegas. Líder pelo convencimento, pela
confiabilidade, nunca por atitudes grandiloquentes e vazias. Companheiro
singular, sempre disposto a ouvir e à solidariedade. Deixa saudades. Dos tempos
memoráveis de tantas lutas. Das soluções que habilmente sabia engendrar. Do bom
humor constante, que não se confundia com tolerância permissiva. Pulso forte num coração imenso.
Sergio Guerra, homem do mundo, não perdia a marca
do sertanejo de origem e vocação. Daí as conversas intermináveis, que atestavam
seu gosto por conhecer as pessoas e com elas dialogar, com elas aprender. Sua
casa era aberta o tempo todo. Prefeitos, parlamentares, ministros,
pernambucanos simples, amigos de todas as procedências, entravam e saíam, em
busca da sabedoria do anfitrião.
Como presidente nacional do PSDB foi a voz firme, a
coerência, a agregação, a constância, a determinação. O país o reconheceu como
expressão de resistência legítima. Sua gente se orgulhava do filho ilustre,
aplaudido além das fronteiras que interpretava milhões e não perdia o aspecto modesto,
típico de quem queria aparentar não estar fazendo tanta coisa assim.
Enfrentou a doença devastadora com coração de leão.
Derrotou o calvário esse tempo todo. A exaustão determinou sua passagem; não o
calvário. Sempre uma palavra de consolo aos amigos, como se o enfermo fossem
estes e não ele. Caráter forte, com capacidade extraordinária de assimilar os
golpes duro de uma vida que se mostrou cruel em diversos momentos da trajetória
de Sergio Guerra.
Todos sabíamos que ia acontecer, mais hora, menos
hora. Pois aconteceu. Perdemos o companheiro, o amigo, o líder, o conselheiro. O
Brasil registra o exemplo a ser seguido por quem sonha com uma política limpa,
clara, construtiva. Vai-se o homem; fica a inspiração, fica a vida que mereceu
ser vivida.
À família do querido e fraterno Sérgio, o meu
afeto, de todos conhecido, incondicional. É a parte que me cabe nesse imenso
latifúndio de bem querer e, neste momento, indizível vazio”.
ARTHUR VIRGILIO NETO
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