Decisão veio em resposta à petição apresentada pelo
Sindicato, que solicitava pagamento dos salários retidos ilegalmente
Após petição apresentada pelo Sindilegis, na última
segunda-feira (24), no Supremo Tribunal Federal, o Ministro Marco Aurélio Mello
determinou, nesta quarta-feira (26), cumprimento imediato da liminar que
decidiu o retorno das verbas cortadas dos servidores, sem o contraditório. Ao
despachar a decisão, o Ministro Marco Aurélio afirmou, conforme citado no
acompanhamento processual do mandado de segurança nº 32761, que a liminar
deveria ser cumprida tal como foi formalizada. "(...) Indefiro os pleitos
de depósito. Cumpram a liminar tal como formalizada. Admito a União como parte
passiva. Retifiquem a autuação. Deem ciência ao Advogado-Geral da União, nos
termos requeridos. Publiquem”. A petição, que pedia prazo de 24h para
determinação do cumprimento da liminar, foi apresentada após a Presidência do
Senado recorrer da decisão do Ministro Mello, alegando que a ação não deveria
ter sido proposta contra as Mesas Diretoras das duas Casas Legislativas, mas
contra o Tribunal de Contas da União, que recomendou o corte nos salários. No
documento, o Sindilegis apontou que o recurso interposto pela Mesa do Senado
Federal é manifestadamente incabível e alega que a ação não questiona o acórdão
do TCU, mas a forma como as Mesas Diretoras do Congresso Nacional entenderam
por cumpri-lo.
Ministro já
havia alertado Renan Calheiros
Na última quarta-feira (19), o Ministro Marco
Aurélio já havia afirmado que a Mesa Diretora descumpriria a decisão judicial,
se de fato depositasse em juízo os valores excedentes ao teto constitucional
dos servidores da Casa. "Não se discute a matéria de fundo, se o teto deve
ou não ser respeitado. O que se discute é o direito de defesa, de ser ouvido. É
descumprimento da liminar", ressaltou.
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