Há instrumentos de origens arcaicas, com sonoridade delicada, que chegam como mera curiosidade aos nossos ouvidos tão acostumados ao barulho da vida moderna. A harpa, felizmente, vem atravessando milênios sem deixar de se adaptar a diferentes culturas e estilos musicais e sem minguarem os seus adeptos, apesar de não gozar de tantos praticantes ou de um repertório tão amplo quanto os de outros instrumentos clássicos, como o piano ou o violino. Mais que uma excentricidade de épocas passadas, a harpa se mostra relevante nos dias de hoje, e uma prova disso é a chegada da oitava edição do RioHarpFestival, evento anual que tem acontecido sem interrupção e sempre conta com recitais lotados. Consolidado no roteiro internacional de ações envolvendo esse instrumento, o festival carioca traz 130 apresentações com mais de 100 músicos, dos quais pelo menos 40 são harpistas, vindos de 26 países. Os gêneros variam do clássico ao rock, passando por étnico, jazz e também ritmos brasileiros. Tudo criado por dedos ágeis ao pinçar as cordas da harpa. Muitos artistas têm composto novas obras, contribuindo para que o instrumento não fique parado no tempo. Alguns exemplos são o estoniano Andres Izmaylov, responsável pela abertura desta edição, além do canadense Josh Layne, do colombiano Hildo Ariel ou do argentino Athy (que toca até rock em harpa elétrica). Muitas são as nacionalidades presentes no rol de atrações: alemã, italiana, portuguesa, belga, holandesa, croata, tailandesa, moldávia, búlgara, colombiana e brasileira são algumas delas. Do Oriente, vem um dos destaques: a nipônica Kaori Otake subirá ao palco acompanhada do curioso grupo Tambores do Japão. Os tipos de harpa utilizados são igualmente variados: a llanera é diferente da celta, que não se assemelha à paraguaia, por exemplo. Com apoios de consulados, passagens aéreas foram pagas, mas há casos de artistas que financiaram a própria viagem para participar do festival. Os eventos se concentram em espaços culturais (CCBB, Centro Cultural Justiça Federal, Museu do Exército, Centro Cultural Light) e também aportam em pontos turísticos do Rio de Janeiro, como Corcovado, Ilha Fiscal e Jockey Club. Uma estratégia adotada este ano foi a de agendar três a cinco recitais com muitos dos artistas, já que, na edição anterior, foi preciso arranjar, de última hora, apresentações extras para atender à demanda de público, que ultrapassava a lotação das salas. Cidades importantes de outros estados, como Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, também entraram no circuito do festival, que cresce a cada edição, confirmando a potência de um dos mais delicados instrumentos musicais. Talvez seja questão de tempo para que, assim como a série Música no Museu, ele possa atingir todo o Brasil.
VIII RioHarpFestival amplia-se em 2013.
O Rio de Janeiro, juntamente com outras cidades de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina recebe nos meses de abril, maio e junho a 8ª edição RioHarpFestival que já faz parte do circuito mundial da harpa realizado nas principais capitais do mundo. O VIII RioHarpFestival amplia-se em espaços, cidades e também em número de concertos, com o objetivo de difundir um dos mais antigos instrumentos musicais da História da Humanidade, apresentando harpistas de 26 países, alguns já conhecidos do público brasileiro: Canadá, USA, Holanda, Bulgária, Suíça, Portugal, Rússia,Japão e França além dos latino-americanos e outros que aqui vem pela primeira vez: Taiwan, Moldávia, Tailândia, Austrália etc. O evento promove cerca de 130 concertos gratuitos em 11 cidades do país sendo 95% no Rio de Janeiro, com abertura no dia 1 de maio, às 16hs, no Palácio Guanabara com a Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais, sendo solista o harpista Andrés Izmaylov (Estônia) e encerrando-se no dia 4 de junho na Comunidade do Alemão com o harpista argentino Daniel Garcia. O inusitado que ao som das harpas, de concertos, de orquestras, célticas, paraguaias e llhaneras, serão apresentados nos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, como a Ilha Fiscal, o Corcovado, Jóquei Clube, Biblioteca Nacional, CCBB, Real Gabinete Português de Leitura, Forte de Copacabana, Igrejas e Sinagoga além dos espaços normais de Música no Museu.
O programa completo está nos sites www.musicanomuseu.com.br e www.rioharpfestival.com
Esperamos por vocês. As saudações musicais de Sergio da Costa e Silva - Diretor de Música no Museu - www.musicanomuseu.com.br - (21) 2253-8645.
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