quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Relatório fúnebre

Sonhando em entrar na contramão da história, os fogosos senadores governistas também apresentaram relatório final, na CPI da covid. Peça científica primorosa, solicitada pela  Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela ONU, onde recentemente Bolsonaro, o gênio da negligência médica, horrorizou o planeta, com mentiras e blasfêmias. O fantasioso relatório garante que Bolsonaro é ave rara da decência, da competência e da probidade administrativa. Jamais debochou da pandemia. É intriga da oposição, o chefe da nação nunca disse que a covid era uma "gripizinha".  Os notáveis fantoches senadores destacaram que a primorosa obra de sabujismo explícito será acolhida e aplaudida pelos familiares dos 604 mil brasileiros, mortos pela covid e pelos milhões de desempregados e despejados. O teor do relatório teve as digitais do diligente ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, aquele que evocou para si a pérola do puxa saquismo, "manda quem pode, obedece quem tem juizo". O relatório conclui recomendando a construção de bustos de Bolsonaro na entrada dos cemitérios das capitais brasileiras. Pelo desprezo que tem pela ciência e pelas vidas alheias.

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