segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Nobel

Triste, repugnante e lamentável que jornalistas sejam ameaçados, perseguidos e  assassinados por canalhas, corruptos e covardes que não admitem que a verdade seja revelada e publicada. Aqui, no Brasil e alhures. O saudoso jornalista Carlos Chagas ensinava: "Quem não quiser ser alvo de notícias ruins, que evitem que elas aconteçam". Vivi e enfrentei, ao longo da minha extensa vida de repórter, episódios  degradantes de desrespeito ao profissional. Como a torpe e burra censura prévia, instalada na saudosa "Tribuna da Imprensa", e a língua podre e arrogante de boçais engravatados e estrelados, quando trabalhei, no O Globo, sucursal de Brasília e na TV-Brasília. Jamais recuei nem me dobrei aos arreganhos dos prepotentes. Nesse sentido, li, emocionado, o impecável artigo "Ao jornalismo, com paixão"(Correio - 10/10), da jornalista e diretora de redação, Ana Dubeux, rejubilada com o Nobel da Paz, que agraciou uma jornalista da Filipinas, Maria Ressa, e, outro, da Rússia, Dmitry Muratov. Dubeux tem razão, o prêmio não exalta apenas o profissionalismo investigativo da dupla, "mas deixa claro a importância do jornalismo para algo mais: justiça e paz". Prossegue Ana Dubeux, sem esconder o orgulho inquebrantável de ser jornalista: "Continuo, com olhos graúdos e compridos, a observar como o jornalismo é essencial para preservar a democracia e a liberdade de expressão".  


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