domingo, 11 de outubro de 2020

Vovô Jair

Olá, vovô Jair. Sou a Geórgia. Cheguei. Para adoçar seu coração. Você anda nervoso. Com a língua sem freios. Parece fio descapado. De onde venho, tudo é belo. Tem estrelas, borboletas e anjos cantando. Aqui também tem vidas que precisam ser preservadas. Pessoas morrendo e você se esbaldando, sem máscara, pelo Brasil. O brasileiro é bom. Alegre. Não perde a fé. Muitos deles estão se queixando de suas atitudes.De suas tolas ironias. Fiquei sabendo que você é a maior autoridade do Brasil. Legal. Meu vovô é famoso. Minhas fraldas estão orgulhosas. Cheguei para colocar ordem no seu cotidiano. Amaciar seu gênio explosivo e autoritário. Você fala pelos cotovelos. Ofende e despeja tolices. Pare com a mania de querer intimidar as instituições. Vovô, não se bate nas pessoas nem com uma flor. Seja mais tolerante. Durma e acorde com a Constituição. Aceite críticas. Alivie a alma fazendo o bem. Estarei por perto para alegar seus olhos. Trouxe máscaras para você. Feitas pelos deuses do bom senso e da paciência. Dê bons exemplos. Usando-as. Como chefe da nação, você precisa conduzir o povo com ações de fé e altivez. Menos grosseria, vovô. Mais generosidade. Mais amor, menos desamor. Caso contrário sua longa caminhada até 2022 permanecerá espinhosa. Pesquisas costumam errar. Respiremos juntos, vovô. Ventos da boa energia. Te amo, vovô Jair.

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