terça-feira, 13 de outubro de 2020

Caco Barcelos afirma que Collor foi vítima do jornalismo desastroso

 

Meu texto abaixo é de setembro de 2011. Com declarações valiosas e isentas do atilado e respeitado jornalista Caco Barcelos. Permanecem consistentes e incrivelmente atualizadas. Boa leitura para jovens brasileiros desejosos em saber a verdade dos acontecimentos. Sem escamoteações, hipocrisia, ressentimentos, torpezas e mentiras.  

Evidente que sou visceralmente contra qualquer tipo de corrupção.  Mas repudio o festival de pantomimas sobre o tema. A insistência é tanta que torna-se demagogia e acaba virando grife para palanqueiros. Da mesma forma que não se pode condenar ninguém sem provas e muito menos linchar pessoas sem a sentença dos verdadeiros juízes. Nesta linha, Fernando Color encabeça a lista dos injustiçados. Há dias, o conceituado e consagrado jornalista  da Rede Globo, Caco Barcelos, falando sobre "jornalismo investigativo" na Escola da Magistratura da Justiça Federal da 3ª Região, frisou que no Brasil tem se praticado o jornalismo declaratório e não o investigativo. Explicou que o jornalismo investigativo é aquele do repórter ativo, com luz própria, que investiga antes da informação se tornar pública. Que ouve os envolvidos. Já o declaratório, acentuou Barcelos, é o praticado na maioria das redações brasileiras. Para ilustrar seu raciocínio, Caco citou o caso do impeachment de Collor, a seu ver, exemplo de "jornalismo desastroso": "O impeachment do presidente Collor começou na imprensa com uma entrevista de um irmão ressentido. A imprensa não provou uma linha do que ele disse. Collor sofreu uma punição política, mas não se provou nada contra ele", afirmou Caco Barcelos. 


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