Pólo naval abre novos horizontes na economia do Amazonas
De
acordo com dados do Sindnaval-AM, cada estaleiro demandará investimentos de
quase R$ 10 bilhões. De acordo com dados do Sindnaval-AM, cada estaleiro
demandará investimentos de quase R$ 10 bilhões. Após muitas idas e vindas nos
planos de estruturação do polo naval no Amazonas, uma longa espera iniciada em
2006 pode terminar em breve. A modernização do setor está perto de sair do
papel. A finalização do projeto técnico, que atualmente está em execução pela
Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama) e pela Secretaria de
Estado de Infraestrutura (Seinfra-AM), vai coincidir com o início das obras de
terraplanagem do acesso ao Distrito 3, previstas para junho deste ano, enquanto
que o “start” da obra do novo
polo é aguardado para 2014. Quando o novo polo naval estiver em pleno
funcionamento, o setor deverá empregar 35 mil pessoas, mais que o dobro do
contingente de trabalhadores que atua hoje nas empresas do setor. Para tornar o
polo naval uma atividade rentável para a economia do Estado, os investimentos
chegarão à ordem de R$ 10 bilhões por cada estaleiro. “Quando o polo se tornar
realidade, o Amazonas terá um novo fôlego, somando-se ao segmento de exploração
de petróleo em nossa região bem, como ao Distrito Industrial, que hoje é
responsável por mais de 80% de faturamento”, afirma o presidente do Sindicato
das Indústrias da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas
(Sindnaval-AM), Matheus Araujo. A expectativa da Federação das Indústrias do
Estado do Amazonas (Fieam) é de que o novo polo transforme o Amazonas em uma
referência na construção e no reparo de navios no país. “As indústrias do Polo
Industrial de Manaus (PIM) não olham paras as potencialidades regionais. A
construção do polo naval é uma nova matriz que dará um
impulso enorme para a economia do Estado”, avalia o vice-presidente da Fieam,
Nelson Azevedo.
Perfil
Atualmente,
sete estaleiros de médio porte (sendo quatro europeus e três brasileiros, entre
eles um para construir embarcações militares) estão confirmados para ocupar a
área de aproximadamente 32
quilômetros lineares no bairro do Puraquequara. Além
dessas empresas, 60 pequenos estaleiros também devem ocupar o espaço. Atividade
mineral é uma das principais alternativas em relação à ZFM. Um dos principais
minérios extraídos hoje no AM é o tântalo. Apesar do paradoxo, o Amazonas tem
pensado no futuro com os olhos voltados para o chão. Mais especificamente para
o solo, onde há uma riqueza em minérios avaliada em trilhões de reais, que pode
ser a redenção econômica
para municípios do interior do Estado. Somente com a extração do potássio, o
potencial é de R$ 1 trilhão. Embora exista uma riqueza imensurável, a
exploração do solo amazonense ainda está aquém de sua capacidade, que se bem
aproveitada poderá dobrar o número atual de vagas no setor que é de
aproximadamente 8 mil empregos. Conforme o secretário de Estado de Mineração,
Geodiversidade e Recursos Hídricos (SMGRH), Daniel Nava, no Amazonas há apenas
duas minas principais em operação: uma em Pitinga (a 130 quilômetros de
Manaus), que lavra e concentra minério de estanho, nióbio e tântalo, e outra em
Jatapu, em Urucará (a 344
quilômetros da capital), com
potencial de 1,2 milhão de toneladas de calcário para uso agrícola. “É difícil
estimar toda a riqueza mineral do Amazonas. Nossa potencialidade ainda está na
forma de jazidas. Mas riqueza no subsolo sem exploração na forma de mina, não
tem valor algum. Porém, temos um século pela frente para crescer”, afirma. Nos
próximos cem anos, oportunidades é o que não vão faltar. Além do calcário,
potássio, estanho e nióbio, o Amazonas possui ferro, gipsita para indústria de
cimento, ouro, argila vermelha (polo cerâmico), caulim, areia, brita, seixo e
agregados para a construção civil, água mineral, óleo e gás em abundância para
extrair nas próximas décadas.
Investimentos
Até
2016, a
indústria mineral deverá investir em torno de R$ 56 bilhões na região da
Amazônia, segundo previsão do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). A meta
do governo do Estado é tentar abocanhar pelo menos 10% deste total, conforme
revela o secretário da SEMGRH, Daniel Nava. “Se acrescentarmos o que a
indústria petrolífera poderá contribuir, principalmente, na proposta para a
consolidação no Polo Industrial de Manaus (PIM) de um pólo gás-químico, tenho
certeza que nossa riqueza poderá ser superior ao que atualmente representa ao
nosso Estado”, salienta. Conforme dados da Secretaria de Estado da Fazenda
(Sefaz), o setor mineral e o de óleo e gás contribuem com
aproximadamente 20% da economia do Amazonas.
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