Fantasiados de arautos da moral e dos bons costumes
(morro de rir), os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), com as
exceções de praxe, como Valmir Campelo, que não faz da hipocrisia figurino de
vida, dirigiram seus tacapes contra servidores do Senado, alegando que recebem
mais do que o teto determinado por lei. Saliente-se, neste caso, que a culpa
não cabe aos servidores acusados, mas à esfera administrativa da Câmara Alta,
que pagou a quantia indevida. A decisão do TCU serviu para tirar a poeira e a
teia de aranha dos ombros dos ministros e do órgão, acostumado a ser omisso,
subserviente, amorfo, medíocre e obscuro, perante a opinião pública. Muitos dos
ministros do "Tribunal dos Canastrões da União" são ex-deputados e
ex-senadores. Cospem no prato que comeram e muito. Sem reclamar. Lambendo os
beiços. Não se tem notícia do balanço das viagens ao exterior dos patriotas
ministros, de quanto gastam com diárias, ajuda de custo, etc. No Senado e na
Câmara jamais pagaram um tostão para usufruir do plano de saúde. Com direito,
ainda, à devolução de grandes quantias. Agora se acham no dever de tornar os
servidores do Senado bode expiatório de todos os males do País. Duvido que os
imaculados ministros do TCU tenham a coragem e o espírito público de meter o
bedelho nos salários dos funcionários e ministros do Judiciário e do Executivo.
Por uma razão simples: não dá Ibope.
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