Governo restringe número de alunos de colégios militares que podem receber premiação nas olimpíadas de matemática! Os colégios militares são agora chamados de “escolas seletivas”. Será medo de revelar a incompetência no ensino público administrado pelo governo?
A OBMEP - Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - era uma competição que, até 2011, premiava seus competidores de acordo com a nota da prova, com medalhas de ouro, prata e bronze. A partir de 2012 foi instituído um sistema de cotas, onde COLÉGIOS MILITARES e outros que fazem algum tipo de concurso para ingresso, só disputam uma pequena percentagem das medalhas, cerca de 25% do total das medalhas de ouro, prata e bronze. No novo regulamento esses estabelecimentos são chamados de “escolas seletivas”. Confiram os itens 7.2 e 7.4a do regulamento em http://www.obmep.org.br/regulamento.html. 7.4 a - “Conceder-se-á no máximo 40 (quarenta) medalhas de ouro a alunos de escolas seletivas...”. Esse sistema injusto, segundo avaliação de um colaborador da Revista Sociedade Militar, foi instituído porque nessa olimpíada os colégios militares conquistavam a maioria das medalhas, o que trazia à tona a incompetência da educação administrada pelo governo. Esta atitude é extremamente equivocada, um tipo de discriminação. Pois mesmo que nos colégios militares existam alunos mais esforçados, que estudaram mais, e consequentemente mais bem colocados nas olimpíadas, estes não serão agraciados se sua colocação for acima do número máximo de premiados permitido para as escolas “seletivas”. Essas novas regras desvirtuam a olimpíada, que deixa então de premiar pelo mérito, premiando os concorrentes agora por sua origem. Nas olimpíadas de 2010, no nível 1, entre os 200 primeiros colocados estavam 76 alunos de escolas militares, em 2011 o número é similar, 82. Já nas olimpíadas de 2012, com as novas regras, esse número se reduziu para 38. Alunos de outras escolas públicas que primam pelo bom nível de ensino também foram prejuducadas por essa nova regra. O governo deveria elevar o padrão do ensino público e não reduzir o nível de exigência dos concursos, como tem feito. A olimpíada é uma porta de entrada para bolsas de iniciação científica.
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