terça-feira, 22 de março de 2022

Escolha

Bolsonaro amadureceu o nome. Bateu o martelo e escolheu no pregão dos oferecidos e cotados, o general Braga Neto como candidato a vice, nas eleições de outubro. O chefe da nação tem o direito de escolher quem quiser. A batata quente é dele. Que embale e cuide do astro que tirou da cartola. O ministro da Defesa é homem probo. Virtude saudável, mas não suficiente para enfrentar ávidos animais políticos. O sisudo Braga Neto não estofo nem cancha para dialogar com parlamentares. Políticos experientes não costumam avançar em diálogos e ações, com vice que não tem votos. O general também enfrenta arestas nas Forças Armadas. Decidindo por Braga Neto, Bolsonaro imagina que não ficaria refém do centrão. Esquece que eleição se ganha com votos. O chefe da nação foi deputado. Sabe que no surrado e viciado presidencialismo brasileiro, ninguém governa sem o apoio do Congresso. Hoje o poderoso e guloso Centrão apoia Bolsonaro. Mas até as eleições as nuvens da política, cantadas pelo matreiro Magalhães Pinto, podem mudar de prumo.

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