quarta-feira, 2 de março de 2022

AZEVEDO

No comovente artigo "Universidade de Brasília: linda, necessária e sexagenária" (Correio - 02/03), os professores eméritos da instituição, Isaac Roitman e Aldo Paviani, lembram e deploram as ocupações militares na UnB, épocas em que o reitor era José Carlos Azevedo. A dupla de mestres não cita Azevedo. Porém, dão a entender que a universidade não cresceu durante as gestões dele. Nada mais injusto, risível e patético. Exaltar a UnB e deixar de exaltar o legado acadêmico das gestões de José Carlos Azevedo, é o fim da picada. Triste ranço juvenil. É deixar-se levar pelo surrado e eterno ressentimento. A cultura, a inteligência e a integridade de Azevedo jamais serão maculadas. Nesta linha, recordo trechos do discurso, no senado, do então senador, acadêmico, professor, ex-deputado e ex-governador, Marco Maciel, em 26 de março de 2010, lamentando a partida de Azevedo, com 78 anos de idade (hoje, faria 90 anos): "Ele era uma pessoa de temperamento forte e intelectualmente muito preparado em diferentes campos das diversas especialidades da Engenharia. De alguma forma, contribuiu para consolidar a Universidade de Brasília. Não é sem outro motivo que hoje a Universidade é respeitada como uma das melhores do país". Em aparte, por sua vez, o senador capixaba e ex-governador, Gerson Camata, acrescentou enfatizando as ações de Azevedo, como reitor: "Quem deu corpo, quem consolidou a Universidade de Brasília, foi ele. Agregou cursos, criou cursos de pós-graduação e se tornou, portanto, um benemérito dessa instituição de ensino superior", concluiu. 

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