Vicente Limongi Netto
O Brasil precisa se espelhar no exemplo de Bernardo Cabral, um dos poucos personagens da política que pode olhar para o passado e ver que o tempo não passou em vão. Pelo caminho deixou marcas de realizações que representam contribuições para o Brasil e para a coletividade. Bernardo chega aos 90 anos de idade, no próximo dia 27. Altivo e altaneiro. Sereno, trabalhando e produzindo.
Pode bater no peito e dizer como o poeta chileno Pablo Neruda, Prêmio Nobel de Literatura, nas suas memórias “Confesso que Vivi”.
Nessa linha, peço licença para valorizar meu humilde e despretensioso texto, com palavras de algumas personalidades, destacando os traços marcantes do ex-senador, ex-ministro da Justiça, ex-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, autor de livros, membro de entidades culturais e relator, no Senado, de iniciativas transformadas em leis e agências reguladoras.
O presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Roberto Tadros, por exemplo, destaca que “Bernardo Cabral engrandeceu, com talento e sabedoria, tudo o que fez. Figura de dimensão histórica. Seja na política, no Direito, no jornalismo, onde atuou sempre deixou a marca de alguém profundamente comprometido com valores humanistas e democráticos”.
Por sua vez, o vice-presidente da Câmara Federal, deputado Marcelo Ramos, avalia que “celebrar os 90 anos do senador Bernardo Cabral dois dias depois do Dia da Constituição, 25 de março, é muito simbólico para quem relatou com tanta coragem e brilhantismo a nossa Carta Cidadã”.
LEGADO IMPORTANTE – No entender de Ramos, a capacidade de diálogo de Bernardo Cabral “nos legou uma transição política que restaurou direitos e garantias aos brasileiros”.
Para o senador Renan Calheiros, também ex-ministro da Justiça, Bernardo “é ser humano grandioso que nasceu para trabalhar pela coletividade. Na Constituinte, foi severo e firme guardião da democracia, da liberdade de expressão e dos direitos dos cidadãos”.
Por seu turno, o ex-senador, ex-deputado e ministro aposentado do TCU, Valmir Campelo, que conviveu com Cabral na Câmara e no Senado, também deixa um depoimento: “Bernardo me ajudou muito, como relator da Constituinte, acolhendo minhas emendas. Como a que estabelece que é dever da União manter todos os recursos para educação, saúde e segurança pública, para o Distrito Federal”. A seu ver,” Brasília deve imensas gratidões a Cabral”.
GUARDIÃO DA DEMOCRACIA – O jornalista Alexandre Garcia homenageia os 90 anos de Bernardo Cabral fazendo um pedido: “Peço que nos dê um presente, com a autoridade de ter sido relator da Constituição. Exija que ela seja cumprida em tudo que os constituintes nela escreveram. Especialmente por aqueles que deveriam ser dela guardiães, mas estão indo além da guarda para reescrevê-la sem ter poderes para tal”.
Na opinião do presidente do Centro das Indústrias do Amazonas, Wilson Périco,” Cabral foi um dos mais expressivos políticos do Amazonas. Responsável, na Constituinte, pela preservação da zona franca de Manaus. Merece todo nosso respeito e admiração”.
MERECE UM BUSTO – Taxativa, a ex-superintendente da Suframa, economista Flávia Grosso, acredita que” Bernardo Cabral merece um busto em todos os recantos públicos do Amazonas, por tudo de notável que produziu pela zona franca”.
Por sua vez, o ex-procurador-geral da República, doutor em Direito, professor aposentado da Universidade de Brasília, Inocêncio Martires Coelho, sintetiza o respeito por Bernardo Cabral: “Amigo lúcido, expressivo e admirável”.
Assim é o grandioso Bernardo Cabral, um indomável defensor dos interesses nacionais, uma qualidade rara hoje em dia.
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