sexta-feira, 30 de abril de 2021

Tropa de choque do Planalto faz o possível e o impossível, mas a CPI segue em frente

 Publicado em 30 de abril de 2021 por Tribuna da Internet

Vicente Limongi Netto

Em alguns tópicos relacionados com a CPI da Covid 19, o destaque é que três notórios senadores fantoches do governo – Marcos Rogério, Jorginho Mello e Eduardo Girão – fracassaram na manobra de recorrer ao Supremo Tribunal Federal para colocar um relator amestrado para conduzir os trabalhos da CPI. Quanta besteira, Manuel Bandeira, diria Helio Fernandes.

Desfeita prontamente pelo ministro Ricardo Lewandowski, a manobra é uma constatação de que o desespero entrou de vez nos gabinetes poderosos do Palácio do Planalto.

BATENDO CABEÇA – Ministros e assessores incompetentes, ineficientes e incongruentes batem cabeça. Destrambelhados. Metem os pés pelas mãos. Preferem agredir e ameaçar. Perdem tempo. Isso não cola com Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e Omar Aziz.

O trio que comanda a CPI está mais interessado em trabalhar por resultados que indiquem as mazelas e omissões do governo no combate ao coronavírus. “Quem for podre, que se quebre”, avisou Omar Aziz.

Sábios de barro que rodeiam Bolsonaro deveriam botar nas cabeças ocas que a CPI da Covid não vai esmorecer, recuar nem colocar problemas embaixo do tapete.

MITO CARNAVALESCO – Bolsonaro, o mito de barro, chamou a CPI da Covid de “carnaval fora de época”. E o povo adora carnaval. É a válvula de escape dos brasileiros em tempos difíceis. Deveria ter carnaval e copa do mundo todo mês, ensinava o mago (sem aspas) Golbery do Coutto e Silva.

Fantasiado de vacina, o povão vai sambar, pular e cantar durante a CPI. Enquanto negacionistas vão acender velas, contristados, na quarta-feira de cinzas do enterro do governo.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz, colocou freio nos açodados, pretensiosos e arrogantes fantoches palacianos, cuja missão é atrapalhar e evitar possíveis convocações que possam trazer embaraços ao mito de plástico.

MANOBRA FRUSTRADA – Outra torpe e infame tarefa dos office-boys de Bolsonaro foi insistir em desacreditar e provocar o relator Renan Calheiros. O presidente Aziz foi taxativo com os patetas. Disse que a CPI é maior e mais importante do que ele, do que o vice-presidente e também mais importante do que Renan Calheiros. E perguntou aos áulicos de Bolsonaro: “Vocês têm medo da CPI ou do Renan Calheiros?”.

A seu ver, todos os senadores são iguais. Não tem ninguém melhor do que o outro. Embora alguns sem noção se achem. Aziz é duro na queda. Experiente e acostumado a batalhas árduas. Não tem medo de cara feia. Há 40 dias perdeu um irmão com a Covid. Mesmo assim, não demonstra rancor.

QUADRO MEDONHO – A CPI da Covid mostra como é medonho o quadro de muitos dos atuais senadores. Medíocres e deslumbrados reféns da parte podre das redes sociais. Falam montes de besteiras e logo são apoiados e estimulados pelos covardes do gabinete do ódio e seus canalhas robôs.

Lamentável que na difícil quadra atual, um despreparado e patético time de senadores cubra de vergonha parlamentares que engrandeceram a Câmara Alta, como Bernardo Cabral, Petrônio Portela, Marcos Freire, José Sarney, Henrique La Roque, Afonso Arinos de Melo Franco, Franco Montoro, Lauro Campos, Flávio Brito, Heráclito Fortes, Albano Franco, Edison Lobão, Josafá Marinho, Teotônio Vilela, Arnon de Mello, Henrique Santillo, Paulo Brossard, Paulo Torres, Antônio Carlos Magalhães, Arthur Virgílio Filho, Arthur Virgílio Neto, Valmir Campelo e Nelson Carneiro.

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P.S.  – Estarrecedora e patética mesquinharia e covardia da OAB de São Paulo, cassando a carteira de advogado do ex-governador José Maria Marin. Em casa, fragilizado pela doença e pela idade avançada, sem advogar há anos, por que humilhá-lo? (V.L.N.)

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