sexta-feira, 2 de abril de 2021

Loucos varridos

Realmente somos loucos. Para internar. Louco quem acorda com a suavidade de moto-serras, britadeiras, marteladas, furadeiras, latidos e vendedores de gás. Louco é conviver com trapalhadas do inquilino do Palácio do Planalto. Loucura é ouvir bajuladores, calhordas, demagogos e mentirosos na televisão. A pandemia, a ansiedade, a irritação e a depressão aumentaram a loucura. Loucos irados e pseudos sabidões são analistas de futebol. O trânsito caótico enlouquece. Loucos passeiam com cães brabos sem focinheira. A violência e a insegurança, também flerta com a loucura.  Ficamos mais loucos com a alta dos preços de tudo. Louco e criminoso são golpistas no auge da pandemia. Somos todos loucos por continuar lutando. Mais loucos ainda são os que votaram no falso e destemperado "mito". É desesperadora a dor dos loucos desempregados, sem condições de alimentar os filhos. Loucos abençoados são médicos, enfermeiros, motoristas de ambulâncias, vigilantes,  fisioterapeutas, terapeutas e maqueiros. Estraçalham as próprias vidas para salvar a vida dos outros. Árbitro de futebol é do tipo louco sádico. Irrecuperáveis são os loucos engravatados, felizes por taxar inativos e aposentados. Procuro classificação para os loucos que correm risco da vida nas esburacadas rodovias. Louco estúpido não usar máscara. Louco pateta é o motorista que não liga a seta quando vai mudar de faixa. Loucos e canalhas são os que assassinam mulheres. Precisam ser castrados e enjaulados. Os juros altos contribuem para a loucura coletiva. Pelo diagnóstico médico da insanável loucura do governo constata-se  que vamos todos morrer loucos e sem vacinas. Mais de 300 mil mortos humilham e deixam todo o Brasil indignado e louco. Quando finalmente a pandemia for embora, levando maus homens públicos que debocham da ciência e da vida, nos renderemos, então, à loucura prometida e abençoada por Deus.


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