quinta-feira, 26 de março de 2020

Vida digna

Com o coração feliz, aplaudo os valorosos e dignos 88 anos de idade de Bernardo Cabral. Cidadão por inteiro. Homem público que cumpriu todos os deveres com esmerada dedicação, isenção e competência. Como professor universitário, secretário de Justiça, Ministro da Justiça, deputado federal e senador, Na Constituinte, Bernardo não foi apenas o relator-geral da futura Carta Magna. Mas aquele que mais trabalhou e se dedicou durante penosos meses, na construção e pavimentação da nova Constituição. A zona franca de Manaus deve tudo a Bernardo e aos demais constituintes amazonenses da época. Cabral foi alvo de ameaças e sequestros de familiares. Jamais esmoreceu nem se intimidou diante dos obstáculos. Da sanha imunda e doentia de  covardes e maus brasileiros. Pulhas a serviço de patifes e decaídos que não queriam que o Brasil avançasse. Com o operoso Bernardo, seus patriotas relatores adjuntos, Konder Reis, José Fogaça e Adolfo de Oliveira. Ninguém registra nem recorda, que Bernardo Cabral venceu, disputando no voto, para o cargo, Fernando Henrique Cardoso e Pimenta da Veiga. O caboclo das barrancas do Amazonas venceu São Paulo e Minas Gerais. O doutor Ulisses não fez bulhufas. A verdade tem que ser dita. Não temo patrulheiros. A não ser beber poir nas diversas casas em Brasília que Cabral e relatores adjuntos tinham que literalmente se refugiar. Para trabalhar sossegado. Longe do assédio de jornalistas, curiosos e palpiteiros.
Ah, sim, Ulisses fez algo marcante. Para ele, claro. Pelo qual ficou marcado como notável e político trabalhador: depois de pronta, ergueu a Carta para o alto. A constituição cidadã. Pela qual Bernardo Cabral deu a própria vida. E orgulha-se pelo dever cumprido. 


      

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