sexta-feira, 27 de março de 2020

Redução de salários

Aplaudo e endosso o expressivo artigo (CB-27/3) do presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, intitulado "Cada um por si e o Estado contra quase todos", repudiando manobras sorrateiras e demagógicas de deputados contra servidores públicos. Elesbão salienta com rigorosa clareza: "Porque tirar dinheiro de quem consome para salvar quem produz certamente será um suicídio econômico". Nessa linha, é lamentável que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dê  asas a essa colossal pantomima. Tudo indica, que Maia e deputados obscuros como Carlos Sampaio e Ricardo Izar, medonhos criadores da indecorosa PEC, foram infectados pelo vírus da patetice, do cinismo, da demagogia e dos holofotes fáceis, diante da desastrada iniciativa que pretende diminuir salários de servidores, parlamentares e ministros para ajudar no combate ao coronavírus. Bom os transloucados Sampaio, Izar e Maia, consultarem  um  infectologista. É cômodo  fazer caridade com o chapéu alheio. A iniciativa não prospera  porque vai na contramão da legalidade e do bom senso. Magistrados  
da importância do presidente do STF, ministro Dias Toffoli e outras respeitadas entidades de classe, seguramente não permitirão que o imoral, inconstitucional,inconsequente, inacreditável e raquítico projeto ganhe fôlego nem ultrapasse o portão da sensatez. Os servidores públicos têm o respeito dos brasileiros. Trabalham com dedicação. Contribuem para o crescimento do país. Como a maioria dos brasileiros, os servidores têm compromissos, obrigações e boletos a pagar. Muitos contribuem nas despesas de saúde, educação e vestuário também de filhos e netos. É um absurdo cortar salários de quem movimenta a economia. O saudoso Carlos Lacerda lembrava que servidor público não ganha eleição. Mas atrapalha bastante. Nesse sentido, se o Executivo, Legislativo e Judiciário desejarem realmente ajudar, no combate ao coronovírus, ao invés de reduzir salários de abnegados servidores, poderiam abater outras despesas. Exemplos: cortar 50% dos gastos dos Palácios da Alvorada, Planalto, residências dos presidentes da Câmara e do Senado; suspender o cartão corporativo das autoridades; colocar na garagem carros oficiais de deputados, senadores, ministros do Executivo e do Judiciário; suspender vôos da FAB para atender a imensa turma de folgados engravatados e suspender, por fim, temporariamente,o auxílio moradia.As sessões e deliberações estão sendo virtuais. Ninguém precisa vir a Brasília. Concluindo, o senador Fernando Collor manifestou irrestrito apoio, no facebook e no instagram, ao movimento #todoscontraocorona  para destinar o milionário Fundo Eleitoral e o orçamento impositivo para combater o coronavírus. Os servidores gostariam de saber a opinião dos notáveis deputado Carlos Sampaio , Rodrigo Maia e Ricardo Izar sobre a iniciativa.

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