quinta-feira, 19 de março de 2020



Exatamente por amar meus netos, mais ainda do que minha própria vida, afastei-me, temporariamente deles. Perco o cenário de beijos, carinhos, abraços, passeios, cafunés, o convívio com a alegria, com diálogos interessantes e instrutivos, para preservá-los de algo ruim. Não devo nem posso contribuir para que o mal se alastre. Para combater o perigoso coronavírus, nesta hora, mais do que nunca, o bom senso, o equilíbrio, a ponderação, e a coerência, são parceiros indissolúveis do amor e da solidariedade. Prefiro sentir saudades dos netos do que vir a ter remorsos, tristezas e amarguras. É hora da população ser contaminada pelo sentimento da responsabilidade. Quem ama compreende a gravidade da situação. Cuidando do aquário do meu neto caçula é como ele estivesse ao meu lado. O celular vai tocar. Lembrando com ternura minha tarefa diária: "Vô, já deu comida para os peixes?". Vencido o coronavírus, terei de volta, com dobrada intensidade, o carinho e afagos do Federico e da Manuela. Luzes e estrelas da minha já longa vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário