segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Collor abriu o coração

Bom e saudável que Collor volte a conversar com a imprensa. Passou anos arredio a entrevistas. Collor tem muito a dizer, contar e esclarecer. Sem mágoas e ressentimentos. Sua intenção é ajudar aqueles que lhe sucederam. Sempre colaborando para o crescimento do Brasil. A vida e a idade  ensinam boas lições ao coração e a alma.Só os decaídos de espírito não avançam em grandeza e desprendimento. Nessa linha, o ex-presidente e senador deu longa, excelente e oportuna entrevista  ao Correio Braziliense (3/11). Abriu o coração. Como de hábito, foi sincero,isento e firme em suas opiniões. Com vigor e determinação. Admitiu que foi arrancado da Presidência da República porque não tinha sustentação política. Imaginava ser um "super-homem". Quando na verdade era apenas um idealista eleito aos 40 anos de idade. O que serviu de munição pesada para os paladinos de barro que venceu nas urnas na disputa presidencial, solapá-lo do comando da Nação. Sem dó e piedade. Advertiu Bolsonaro para que não cometa os mesmos erros. Mostrou-se apreensivo "com certas manifestações que são claramente dadas pelos filhos". Algumas delas do próprio presidente.   Fez mea culpa por ter levado a público, na campanha presidencial, o nome de Lurian, filha de Lula. A seu ver, Lula é alvo de injustiça. "Essa  condenação merece ser reconsiderada", destacou. Esclareceu aos desavisados e cultores da torpeza e da leviandade, que todo dinheiro do confisco e dos ativos foi devolvido em 18 parcelas. A última paga em agosto de 1992.  Collor afirmou ser favorável a Lei de Abuso de Autoridade porque se diz vítima do abuso de autoridades que extrapolam em suas funções. Defende a Constituição e um senado forte e soberano. Collor sofreu impeachment político. No STF foi absolvido por unanimidade. Jamais temeu eleições. Sempre elegeu-se pelo voto direto. Um dia a História fará justiça a Collor de Mello. Espera ser julgado "como um homem que se antecipou ao tempo". 

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