Dilma não Merecia
A meu ver foi de um tremendo mau gosto, injusta e
desnecessária a demorada vaia para a presidente Dilma, no belo estádio Mané
Garrincha. Lembro que Lula também foi vaiado no Maracanã e foi reeleito
Presidente da República. Dilma foi ao estádio abrir oficialmente a Copa das
Confederações. Poderia não ter ido. Seria deselegante. Ao lado de Dilma um
constrangido presidente da FIFA. No esporte deve-se vaiar, quando merecer, os atletas.
Jamais uma visitante ilustre, no caso a Chefe da Nação, recebendo convidados do
mundo inteiro. Isso não ocorre em países considerados mais civilizados e evoluídos.
A democracia permite tudo. Menos excessos que chegam perto da estupidez, da
ingratidão, da falta de educação e da burrice. Dilma pode errar, no varejo.
Mas, acerta, e muito, no atacado. Não mede esforços para melhorar a qualidade
de vida da população. Centenas de
torcedores que vaiaram Dilma puderam comprar ingressos caros porque têm hoje um
padrão de vida melhor. Que antes não tinham. Creio, por fim, que as vaias não
abalarão o vigor de Dilma pelo trabalho.
Espanha joga
o fino
A seleção da Espanha é um caso sério. Não é a toa
que é campeã do mundo. Joga o fino. Encanta quem realmente gosta do bom
futebol, do jogo bem jogado. A seleção espanhola tem um objetivo em campo:
manter a posse de bola. e o faz com maestria. Ou seja, parece elementar, quem
tem a bola, deixa o adversário preocupado, atento. Quem joga contra a Espanha,
se errar um mísero passe, principalmente se for no meio-de-campo, corre sério
risco de levar gol. Os espanhóis, verdadeiramente um magistral combinado
Barcelona e Real Madrid, não dão chutão. Não rifam a bola. Não fazem firula
desnecessária. Jogam bonito, mas simples e com objetividade. Deixam os
adversários tontos. E quando finalmente conseguem roubar a bola dos espanhóis,
se não forem rápidos como uma flecha e inteligentes, logo ficam sem ela.
Perdidos, desavorados, porque todos os jogadores espanhóis sabem jogar. São do
ramo. Caso estejam em dificuldade para iniciar uma jogada, não têm vergonha de
atrasar a bola para um companheiro da defesa. Saem jogando com paciência e
consciência. Dificilmente erram passes. E,
na maioria das vezes, jogam, avançam, distribuem o jogo, com a bola no chão. Felipão que
fique esperto. Se fosse ele dormia com Daniel Alves e Marcelo, ótimos laterais
brasileiros, que jogam na Espanha. Seguramente podem passar boas sugestões e
dicas para Felipão. Mas o Brasil ainda tem que jogar muito, tudo que sabe,
vencer os jogos, para então mostrar que realmente tem competência para
enfrentar a Espanha em igualdade de condições. Porque o papo do Brasil ser
penta campeão do mundo, como realmente o é, não amedronta em nada a sensacional
seleção espanhola.
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