Por Anna Ramalho
Meu Guilherme também é um conquistador em todos os sentidos: pelas vitórias que vem colhendo no jornalismo e pelas sedutoras conquistas que faz de todos os corações e mentes com que cruza nas redações e nos salões da vida. Guilherme Amado – sem trocadilho, como dizia um graduado coleguinha dia desses – é o mais bem amado do jornalismo pátrio – e acaba de colher uma vitória expressiva: ganhou os dois prêmios a que concorria no Prêmio Comunique-se, tido e havido merecidamente como o Oscar do Jornalismo. Concorrendo com profissionais do calibre de Andrea Sadi, Monica Bergamo, Natuza Nery, levou os troféus de Melhor em Mídia Escrita e Melhor Colunista.
A velha tia aqui babou. Tenho lá minha importância na opção profissional do Gui, que desde menininho me vê às voltas com jornais, colunas, colegas poderosos, chefes exigentes. E notícia, notícia, notícia. Ele e sua irmã, a advogada Clara ( ela também brilhante, trabalhadora, interessante) são meus únicos sobrinhos nessa família micra que a mana e eu construímos e sempre estiveram por perto em todos os momentos.
Desde pequeno, também, ele divide comigo a paixão pela leitura – já ficou com mais da metade da minha biblioteca, que aproveitou lindamente. Lá pelos 10 anos, já era cheio de opinião e tinha conversas muito sérias com nosso amigo Lula Vieira, uma das mais brilhantes inteligências que conheço. No casarão onde morava com a família em Jacarepaguá, nos domingos de verão, várias vezes ficava na piscina conversando comigo e com minhas amigas jornalistas – quase sempre Leda Nagle e Léa Penteado, que ontem relembrava a cena em post do Instagram.
Inteligente, estudioso, culto, mas nunca chato. O Gui é divertido, tem senso de humor, e hoje em dia – quando consigo estar pessoalmente com ele, já que mora em Brasília – fico até agoniada de ver como e em que velocidade trabalha nesses acelerados tempos de redes sociais e que tais. Nosso assunto predileto é meter o pau “naquele que não se menciona”, nosso indigente presidente, o rei da truculência e da boçalidade. Ele já agrediu nomeadamente o Gui em uma de suas abomináveis lives. Particularmente, acho uma honra ser objeto de ódio do traste.
Enquanto ele põe aqueles maus bofes pra fora e a cada dia surpreende com mais uma declaração boçal, meu sobrinho vai colhendo mais vitórias. O que não me espanta; afinal, aos 28 anos, ele faturou um Prêmio Esso – o mais antigo e valioso troféu da nossa área. Hoje está com 35, as estatuetas começando a se enfileirar na estante. Mas isso não o afeta em sua simplicidade. Nem no modo gentil e atento com que trata todos com que cruza na vida.
Parece corujice. Pode até ser. Só que quem me conhece bem sabe que sou “isentona” na hora de criticar – não livro nem a minha cara.
Guilherme Amado merece todas as glórias. É um homem sério, digno, um operário da notícia. Ele me faz lembrar o meu ídolo, meu mestre, meu santo padroeiro, Ricardo Boechat. O mais formidável repórter que conheci na vida, o maior polemista, o superlativo comunicador – a grande e eterna ausência.
Agora, sim, acho que o Gui pode medir o tamanho do meu orgulho e da minha admiração.
Isso é só o começo, querido. Brilha e arrebenta!
https://www.annaramalho.com.br/guilherme-o-conquistador-amado/
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