O Sindilegis conquistou uma importante batalha e
garantiu o direito de defesa dos filiados da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal que tiveram cortes em seus contracheques. O Ministro do Supremo
Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, concedeu liminar ao Sindicato, nesta
segunda-feira (17), depois de analisar mandado de segurança (nº 32761)
impetrado no início do mês. A liminar suspende os efeitos dos atos das Mesas
Diretoras, que determinaram a aplicação do teto constitucional remuneratório à
categoria recomendada pelo TCU. De acordo com o Ministro Relator, as Casas não
intimaram os servidores para se manifestarem e apresentarem defesa, de modo a
estabelecer o contraditório. A diminuição dos vencimentos imposta pelas Mesas
Diretoras geraram consequências drásticas na vida dos servidores. O presidente
do Sindilegis, Nilton Paixão, afirma que o deferimento da liminar é apenas um
passo sobre a discussão do teto remuneratório. "Vencemos apenas uma
batalha. O STF ainda analisará o mérito da liminar. É importante frisar que,
além das disputas judiciais, o Sindicato quer ampliar o debate sobre a
regulação do teto remuneratório no país. Por que somente os servidores do
Legislativo são penalizados, sendo que juízes e membros do Ministério Público,
parlamentares e ministros não são afetados com a medida?”, refletiu. Para o
presidente do Sindilegis, "a decisão do STF não é a favor nem contra a
aplicação do teto. Ela apenas garante que os servidores possam ser ouvidos, o que
não aconteceu até agora. É preciso ressaltar ainda que, como a lei sobre o teto
não foi aprovada pelo Congresso nacional, a Constituição Federal tem sido
aplicada (por interpretação) de acordo com as circunstâncias e conveniências.
Servidor do Congresso não pode receber acima do teto, mas Senadores, Ministros
do TCU, Juízes e membros do MP podem, por quê? Porque falta regulamentação”. "Somos
favoráveis que a lei seja debatida, que regulamente o teto e seja aplicada em
todos os Poderes. Ou a lei vale para todos ou não vale para ninguém”, arremata
Paixão. O Sindilegis permanecerá atuante na valorização do servidor público e
apoia a existência de uma lei reguladora que defenda amplo direito de igualdade
entre os três Poderes, tornando assim legais os valores pagos pela
Administração Pública.
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