Integrantes da Frente Parlamentar de Apoio às
Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas na Área de Saúde pediram
apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros, para que seja superada a crise
financeira vivida por essas instituições. O grupo requer o reajuste no valor do
repasse de cem procedimentos da tabela Sistema Único de Saúde (SUS ).
- Eles respondem por metade do atendimento médico e ambulatorial do país e estão ameaçados de fechar suas portas, diante de uma crise terrível que advém, em primeiro lugar, da diferença entre aquilo que é custo/atendimento e aquilo que eles recebem do SUS. A cada R$ 100 que as Santas Casas gastam no atendimento do SUS recebem R$65. A conta não fecha – disse
o líder do PSDB, senador Aloysio Nunes (SP) após a audiência.
- Eles respondem por metade do atendimento médico e ambulatorial do país e estão ameaçados de fechar suas portas, diante de uma crise terrível que advém, em primeiro lugar, da diferença entre aquilo que é custo/atendimento e aquilo que eles recebem do SUS. A cada R$ 100 que as Santas Casas gastam no atendimento do SUS recebem R$
A dívida das Santas Casas e Hospitais beneficentes
superou R$ 11 bilhões em 2012.
A estimativa da Comissão de Seguridade e Família da
Câmara dos Deputados é que, em maio de 2013, a dívida alcance R$ 15 bilhões. Os
parlamentares também cobram a renegociação dessas dívidas com o governo.
Segundo José Reinaldo Nogueira de Oliveira Júnior, presidente da Confederação
das Santas Casas de Misericórdia, hospitais e entidades filantrópicas, as
instituições correm o risco de fechar as portas.
– Muitas delas que não têm condições de suportar o
déficit que o SUS gera estão às margens de fechar suas portas – assinalou.
A dívida das santas casas e a falta de uma solução
para o problema impedem também a liberação de emendas parlamentares e novos
investimentos, o que, segundo o senador Aloysio Nunes, piora ainda mais a
situação das instituições.
- Hoje os provedores das Santas Casas têm seus bens
penhorados, elas não conseguem receber recursos de emendas parlamentares, não
conseguem receber subvenções por causa dessa dívida – observou.
O presidente da Frente Parlamentar, deputado
Antonio Brito (PTB-BA), disse que o presidente do Senado, Renan Calheiros, se
mostrou sensível aos problemas. “Nós mostramos ao presidente as dificuldades
que enfrentamos e ele disse que vai nos ajudar”.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também
visitou Renan Calheiros nesta terça, reconheceu a crise vivida pelas santas
casas, mas assinalou que o governo vem promovendo o reajuste dos valores da
tabela SUS para alguns procedimentos considerados prioritários, como o
atendimento a dependentes químicos e transplantes.
- Há um conjunto de prioridades do país hoje onde o
Ministério fez o reajuste da tabela. É importante que as santas casas assumam
isso como prioridade de suas gestões – disse o ministro.
Fonte: Agência Senado
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