Em time ruim, até craque se complica. Futebol é coletivo. Nem Pelé ganhava jogo sozinho. No Flamengo, Ronaldinho sofreu o diabo jogando entre jogadores apenas razoáveis. Com raras exceções, como Leonardo Moura. É muito pouco. O jogador ruim custa a entender o raciocínio do colega que sabe jogar e pensar bem antes da próxima jogada. Mesmo não brilhando em todos os momentos, em todos os jogos e nem mesmo fazendo gols espetaculares, Ronaldo Gaúcho não jogou tão mal assim. O torcedor é passional. Quer que o craque, o ídolo, o melhor jogador, aquele que ganha mais do que os outros, resolva tudo sozinho. Não é assim que funciona na prática. O torcedor enfurecido quer que Ronaldo Gaúcho jogue hoje como jogava no Barcelona. Impossível. Primeiro porque o tempo passa e a idade chega implacável. Segundo porque aquele Barcelona onde Ronaldo brilhava era infinitamente superior ao atual flamengo. Creio que Ronaldo, mesmo jogando pouco, ainda é superior tecnicamente do que a maioria dos jogadores em atividade no futebol brasileiro. Quem sabe jogar não desaprende. Pode ficar desestimulado. É outra coisa. Deixemos Ronaldo jogar em paz. O time do Atlético mineiro é melhor do que o Flamengo. Podem me xingar à vontade. É a verdade. Não brigo com fatos. Ronaldo voltará a jogar bem, a fazer jogadas sensacionais que encantam o torcedor. O torcedor atleticano terá muitas alegrias com Ronaldo Gaúcho. Ronaldo jogando bem é alegria para o torcedor e para a bola. Que ele sabe tratar com carinho como poucos. Basta querer. Só depende dele.
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