Para Renan Calheiros, na política, como no futebol, o jogo só acaba quando o juiz apita. A disputa pela presidência do senado continua aberta. Especulações não somam votos. Calheiros argumenta que a boa política é aquela que ouve todos os partidos. É preciso que todos tenham voz ativa nas conversas e articulações. Cartas na mesa e jogo franco com os postulantes. O MDB, partido de Renan, na próxima legislatura terá 10 senadores. O PL, 14. Outras agremiações dividem-se, em média, entre 1 a 3 senadores. É possível e natural que até as eleições da Mesa Diretora, alguns senadores migrem para os partidos que tenham mais senadores. Nessa linha, não é bom subestimar o poder de fogo do MDB. Muito menos tentar tirar Renan do jogo. É partido de forças experientes e expressivas. Calheiros sabe ocupar os espaços deixados por amadores. O político alagoano, ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, tem serviços prestados ao Brasil e ao legislativo. Foi presidente do senado e do congresso por 4 mandatos. É aliado de primeira hora de Lula. É profissional. Tem extraordinário poder de articulação. Reelegeu o governador de Alagoas e elegeu senador o filho e xará. Renan é mestre na difícil arte do xadrez político.
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