Acordei com os aviões supersônicos nos meus ouvidos, saudando os 200 anos da Independência, e com o triunfalismo enfastiante do som rouco do bimotor pilotado pela candidata Simone Tebet (Correio- 07/09). Duas cansativas páginas de lorotas e promessas mirabolantes. Tebet oscila entre 4 e 5% nas pesquisas de intenções de votos. Como maratonista bissexta, tem pernas, oxigênio e saliva para alcançar, com boa vontade, até o final da campanha, a faixa de 7%. Tebet deveria patentear as letrinhas arrogantes, pretensiosas e hilárias da entrevista. Depois editar livreto, com o título, "Aquela que poderia ter sido, mas que não foi", e doar para o acervo da biblioteca do senado. A senadora que tem mandato até fevereiro de 2023, critica, na entrevista, parte do MDB, que "tinha medo" da candidatura dela. Experientes membros do MDB jamais tiveram medo de enfrentar obstáculos. Sabiam que a candidatura de Tebet não empolgaria, não tiraria o sono da polarização entre Lula e Bolsonaro nem traria expressivos dividendos políticos para o partido. No final da jornada democrática, a grandiosa Simone Tebet poderá recolher os cacos da derrotada anunciada que deixou pelo caminho.
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