sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Teatrinho

Teatrinho da farsa, com roteiro demagógico, patético e cretino. Só faltou um senador aparecer vestido de papai-noel. Quinta-feira. Plenário do senado, com quórum alto. Dia da votação da polêmica Pec dos Precatórios. Antes, votações para aprovar diplomatas para embaixadas no exterior. Atenções da imprensa voltadas para o desfecho da conclusão dos trabalhos. Como combinado, o senador Rodrigo Pacheco deixa a presidência da Mesa, desce para conversar com colegas. Deixa presidindo a sessão, o obscuro e sorridente, livre, por ora, das acusações de rei das "rachadinhas", Flávio Bolsonaro. Que já estava inquieto, sentado ao lado de Pacheco. O filho 01 estufa o peito honrado e medalhado. O Brasil todo focado no filhote do mito de barro. Pede, com ar brincalhão, que senadores votem, pela aprovação de diplomatas. O líder do governo, Fernando Bezerra, insiste, pede que senadores compareçam ao plenário.  Começa a discussão da Pec com discurso do senador Márcio Bittar. Cumprindo à risca o roteiro eleitoral traçado pelos dóceis bolsonaristas, o senador pelo MDB acreano, saúda Flávio, "parabéns por presidir sessão tão importante". Arrematando a pantomima de corar anjos, Bittar aplaude o senador Eduardo Braga, por entrar na honrosa confraria dos avós.  Depois, enfastiados do árduo trabalho, vão todos para seus amplos e modernos apartamentos funcionais, com a consciência do dever cumprido. 

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