Quem não quiser passar festas de fim de ano na delegacia ou na cadeia, evite xingar Bolsonaro. Foi o que aconteceu com uma cidadã, na via Dutra, perto da cidade fluminense de Rezende. Ela teve a audácia de rogar pragas para Bolsonaro, que acenava docemente para quem passava de carro. Jurisprudência criada. Valorosos policiais que levaram a atrevida senhora para a delegacia serão medalhados pelo Palácio do Planalto, receberão aumento salarial e cesta com produtos natalinos. Onde já se viu, xingar um presidente tão puro e educado. Blasfemar, gastar energia, praguejar, jogar ovos, cuspir, vomitar, gastar tinta com faixas e cartazes contra o santo mito passou a ser perigoso. O maluco que arriscar será enquadrado como bandido perigoso, e passará a usar tornozeleira eletrônica pelo resto da vida. Os alquimistas palacianos mandaram fazer um manual de boas maneiras para os policiais em geral. O primoroso e democrático manual recomenda aos briosos homens da lei que agora o povo só pode chamar Bolsonaro de lindo, trabalhador, agradável, respeitoso, gostoso, maravilhoso, único, bom presidente e, sobretudo, renomado cientista.
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