Questionário pelo bem público

A Petrobras possui um código de ética que define os comportamentos e forma de relacionamento com os públicos interno e externo.

O código de ética da empresa sugere exercícios de reflexão por parte dos empregados tais como:

 

- Minha conduta é compatível com os interesses e valores da companhia?

- Minha conduta serve de exemplo para meus colegas de trabalho?

 

A companhia mantém procedimentos de controle e informa que o descumprimento dos princípios e compromissos do código de ética pode acarretar adoção de medidas disciplinares.

 

Tudo isso está expresso no código de ética e todos os empregados tomam ciência do mesmo. Assim sendo cabem as seguintes perguntas:

 

Como a empresa vê o comportamento do gerente executivo de segurança e inteligência, que segundo as palavras do filho, teria preparado o relatório que foi divulgado no site do TCU?

 

Já há algum procedimento interno em curso a fim de apurar as responsabilidades desse gerente?

 

No início de junho houve um almoço na empresa com o secretario de segurança de SP, Gen. Campos e membros de sua equipe com o presidente da Petrobras aqui no Rio de Janeiro.

O relatório publicado no site do TCU já era de conhecimento da empresa nessa época?

Esse assunto foi tratado durante o almoço?

 

Qual a posição do presidente da Petrobras com relação a isso?

 

Pode o envolvimento em atos políticos de empregados da alta administração tornar a gerar instabilidade e incerteza por parte dos acionistas e prejudicar uma vez mais a imagem da empresa?

 

Após os escândalos protagonizados no governos passado, a empresa acabou por celebrar um acordo com investidores americanos a fim de não ser processada em tribunais do EUA. Pode-se esperar que esse tipo de ação de empregados volte a macular a imagem da empresa?

 

3- O Gerente Executivo, Cel. Silva Marques já havia dado conhecimento desse relatório, posteriormente divulgado no site da TCU, ao presidente da Petrobras?

 

4- O Cel. Silva Marques tem como atribuição enviar informações internas da empresa ao presidente da República?

 

O presidente da Republica havia indicado para o cargo de gerente executivo um empregado de carreira da área de segurança, Carlos Guerra Nagen, até aquela data sem nenhuma experiência gerencial na empresa, dessa forma o mesmo não foi aprovado para o cargo pelo Conselho de Administração. Logo após foi indicado o Cel. Reserva Ricardo Silva Marques.

Mais recentemente após a exoneração do Ministério da Saúde foi indicado para o gabinete da presidência o militar da reserva Angelo Martins Delicoli, defensor dos medicamentos sem eficácia comprovada quando estava no ministério da saúde.

 

Quanto a visão empresarial da Petrobras, está explicito como Valores da Empresa:

 

1- Respeito a Vida

2- Ética e Transparência

3- Superação e Confiança

4- Orientação ao mercado

5- Resultados

 

No item de integridade, Transparência e meritocracia está expresso:

 

"A meritocracia é fundamento inafastável da evolução profissional de nossos colaboradores, não apenas no sentido de reconhecer e valorizar aqueles que se comprometem com os seu propósitos, mas também no de evitar que a negligência e a leniência possam desequilibrar a execução das atividades."

 

Entretanto, há um processo de sucessivas nomeações de apoiadores políticos e militares para a empresa. Tal processo não interfere no princípio da transparência e da meritocracia tão valorizados pela empresa?

 

Esse tipo de atuação não guarda grande semelhança com o tão falado aparelhamento da empresa nos governos petistas?

 

Uma vez mais no mesmo código de ética está explícito:

 

"Nossos Compromissos de Conduta" 

 

Exemplo - A alta administração e demais lideranças da Petrobras são responsáveis por promover os princípios e os valores estabelecidos neste Código, devendo sempre servir de exemplos para que as suas equipes se sintam integradas e parte de uma única organização, mantendo coerência plena entre o discurso e a prática.

 

Com base nisso podemos esperar uma firme atuação do Conselho de administração da empresa?

 

Essas indicações sem qualquer fundamentação técnica serão reavaliadas pelo Conselho de Administração?

 

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