sexta-feira, 15 de março de 2019

A matança domina a sociedade

Como todos brasileiros de bem, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli repudiou a tragédia na  escola de Suzano, SP, salientando e advertindo que "não podemos aceitar que o ódio entre nossa sociedade". Lamento, ministro, mas o ódio, a violência, o desrespeito, a falta de educação e a veia sanguinária  há  muito tempo já  invadiram  corações e almas. A brutalidade, a intolerância, a covardia, a arrogância e o destempero, estão em todos os lugares. Nos estádios, no trânsito, nas ruas, no metrô, dentro dos ônibus, nos shoppings, no trabalho e, o pior, dentro da própria família. O ódio dilacera o ser humano. Semeia insegurança, rancor, vingança, torpeza, Estimula crimes, assassinatos e tragédias. Nossos jovens crescem sem bons exemplos familiares. Distanciados da convivência sadia dos pais. Estes, quando brigam, morrem ou se separam, causam transtornos irreparáveis aos adolescentes. Passam a viver dominados pela bebida e pelas drogas. Em casa dos avós. Geralmente sem saúde ou  ocupados com afazeres particulares. Vivem soltos nas ruas. Amargurados, ressentidos. Como animais enjaulados. Sem um porto de segurança e paz. Sem hora de chegar em casa. Deixam de estudar. Passam o tempo se deliciando em violentos vídeos-games. Criam recalques, bolam maldades. Recordam traumas de infância. Acabam conduzidos à fúria da matança. Tristes os tempos que vivemos. Estamos acabando com o amor ao próximo. O mais grave: não se tira lições das tragédias. Muitas delas anunciadas.

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