quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Mesas separadas


Não convidem para a mesma mesa, quem sabe, nem para respirar o mesmo ar, os senadores Aloysio Nunes Ferreira e Paulo Paim. O tucano paulista não gostou da iniciativa do petista gaúcho em promover audiência para debater o projeto da sua autoria que regula a greve no serviço público, numa Comissão da qual Aloysio nem é membro, a de Direitos Humanos, e enviando comunicado para ele em cima da hora, quando já estava fora de Brasília. O senador do PSDB mandou carta para Paim, lamentando insultos dos representantes sindicais presentes na CDH. Para Aloysio, o que os senadores precisam fazer é legislar, "porque há 24 anos a Constituição federal e a sociedade reclamam uma lei que estabeleça as modalidades e os limites para o exercicio do direito de greve dos servidores públicos". Para Aloysio Nunes audiências públicas como a promovida por Paulo Paim "são pura perda de tempo". A seu ver, a prevalecer o espírito com que ela se realiza, assim como a falta de coragem politica de senadores que recuam diante de pressões corporativas, "teremos mais 24 anos sem que nada aconteça e avance nesta matéria".

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