A Câmara dos Deputados obrou bem, criando a bancada negra. Antigo anseio. Classe operosa e digna. A oportuna e meritória iniciativa veio juntar-se as bancadas da bola, da bala, a ruralista e a evangélica. Breve serão oficializadas as bancadas parda, escura, albina e a indígena. Tudo com ardor cívico, visando aprimorar os canais de comunicação com o eleitor, além de modernizar os trabalhos do legislativo. Nessa linha, já existem na Câmara dos deputados dezenas de outras respeitadas e atuantes bancadas igualmente empenhadas e focadas nos interesses da população. Formada por homens públicos de fino trato. Desprendidos e generosos. Como a bancada do ócio renumerado, dos divorciados, dos viajantes, dos parasitas, dos enganadores, dos trapalhões, da me engana que eu gosto, do olho gordo, dos adesistas, dos boêmios e a dos finórios. A bancada mais poderosa, imbatível, gulosa e azeitada, contudo, continua sendo a do Centrão. O senador cearense Virgílio Távora disse certa feita que o senado era o "paraíso". Para o deputado Arthur Lira, o manda chuva da Câmara Federal, o Centrão é o céu. Com direito a anjos e corais de estrelas.
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