segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Alcolumbre rechadinhas

Colunas amestradas estão vitaminadas com notas colocando o sinistro Davi Alcolumbre na porta do céu. O sabichão do Amapá tem o costume de engavetar, como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pautas de interesses do governo. Libera a conta gotas, na medida que as demandas pessoais dele são atendidas. Na base do jogo baixo, sorriso triunfalista e abraços de urso, Alcolumbre articula nova candidatura à presidência do Senado. Pobre senado. Recorde-se que Davi já ocupou o cargo, quando venceu, em eleição fraudada, disputando com o senador Renan Calheiros, que desistiu, quando percebeu a sórdida trama. Nessa linha, recordo e saliento traços marcantes de Alcolumbre, revelados, há dois anos, pela revista "Veja". A publicação trouxe informações e detalhes minuciosos e irretocáveis das ações nada republicanas do capo das "rachadinhas" no senado, o destrambelhado filósofo de beira de estrada. Na época, Alcolumbre estrilou, exibiu falsa indignação, mas não convenceu ninguém com desmentidos capengas. O aforismo criado pelo senador correu o Brasil: "Eu te ajudo e você me ajuda".  Mesmo diante de fatos e denúncias apuradas e comprovadas pela revista, com contracheques e depoimentos das ex-funcionárias que eram obrigadas a entregar a maior parcela dos salários, o franciscano Alcolumbre blasfemou, jurando que o idealizador das "rachadinhas"era o chefe de gabinete dele, o advogado Paulo Boudens. Como nos filmes de Sherloke Holmes, Boudens virou o mordono das insanas peraltices do chefe. "Veja" lamentou, como  muitos de nós, que Davi acabe como santo de pau oco da escabrosa história, deixando a fama de bandido para o operoso chefe de gabinete, que recebe salários de 24 mil reais. 

Humilhação - Nada mais triste, cruel e humilhante, para brasileiros e para o Brasil, a enorme quantidade de crianças passando fome, pedindo esmolas nas esquinas.  Com pais desempregados, agoniados, sem nada para comer em casa. A quadro de miséria gera inseguranças dramáticas e perigosas.  O governo anuncia planos que não saem do papel. Até quando, Santo Deus?  


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