O vistoso e iluminado edifício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi palco de inesquecível espetáculo de amor a democracia na noite de terça-feira. Aqueles que amam as leis e respeitam a Constituição, voltaram para casa altivos, agasalhados pela esperança e fé nas instituições. O presidente empossado, o corinthiano ministro Alexandre de Moraes, comandou, como maestro de uma orquestra afinada, o irrepreensível recital louvando as urnas eletrônicas. Com músicas tocando e embalando o sentimento do povo brasileiro confiante na justiça eleitoral. Entusiasmado e enfático, Moraes foi aplaudido de pé e longamente por uma plateia de juristas, políticos, governadores, prefeitos, embaixadores, ex-presidentes da república e candidatos ao Palácio do Planalto. Moraes frisou que a democracia "é uma contribuição coletiva a todos que acreditam na sabedoria popular". Ao contrário da maioria esmagadora dos presentes, Bolsonaro não aplaudiu em nenhum momento as afirmações contundentes de Alexandre de Moraes. Impassível e emburrado, parecia estar ali a contra gosto. Só cumprimentou Moraes no final do discurso. Moraes exortou a liberdade com responsabilidade e repudiou discursos de ódio. Destacou que o Brasil é a única democracia no mundo que apura e divulga, no mesmo dia, os resultados das eleições. Parabéns, Moraes, pelo inesquecível apreço a lisura das eleições, ao direito dos brasileiros de escolher e votar livremente seus candidatos. Bolsonaro há dias, quando foi convidado por Moraes para a posse dele no comando do TSE, presenteou o ministro com uma camisa do corinthians. Maldosos com língua de trapo dizem que Bolsonaro vai pedir a camisa do timão de volta. O ministro Mauro Campbell, do STJ, e corregedor da justiça eleitoral, também foi aplaudido pelo belo e vigoroso discurso. A seu ver, "o TSE está no coração dos brasileiros". Já o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, fez discurso pouco empolgante. Foi o pronunciamento mais fraco da memorável noite. Hoje, a Ordem dos Advogados do Brasil faz o cidadão ter saudades de valorosos presidentes da entidade, como Bernardo Cabral, Reginaldo Oscar de Castro e Mauricio Correa.
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