sexta-feira, 1 de abril de 2022

Eleições

Sérgio Moro nunca foi do ramo. Entrou de gaiato na disputa presidencial, incentivado por correligionários aprendizes de paladinos da moral e da ética. Como ele. Moro e políticos nunca se entenderam. Moro é, para políticos, uma nota de 3 reais. Moro adora elogios, mas fica deprimido com críticas. Desfecho feio para o casal Moro. O ex-juiz e a mulher deixaram o Podemos pela porta dos fundos. João Dória, por sua vez, vai surfando. Quer passar a impressão que vai virar o jogo. Não perde a pose própria dos guerreiros paulistanos. Com mania de grandeza, nunca admite erros e está seguro que vai salvar o Brasil do atoleiro. Outro jovem, igualmente aspirante a salvador da Pátria, o gaúcho Eduardo Leite, vai na onda do insistente Gilberto Kassab. Quer porque quer ter um candidato à Presidência da República que finalmente  possa bater no peito e dizer que é cria dele. O importante é manter-se no jogo. Dória e Leite vão segurar a brocha de pré-candidatos, com sorrisos largos e otimistas por mais um tempo. Como político sem mandato perde o respeito dos correligionários, seguirão, adiante, o caminho de Moro, disputando vaga para a Câmara Federal. As mexidas dos jogadores na combalida, tonta e perebenta terceira via, deixam Lula e Bolsonaro cada vez mais rindo com as paredes. O pleito está longe. Mas os búzios indicam que aqueles que se atreverem a disputar a presidência com eles, vão sair chamuscados da peleja. 

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