sexta-feira, 19 de junho de 2020

Rachadinha em cana

Saudoso e carinhoso, Bolsonaro costumava perguntar pelo amigo da família: "Cadê o Queiroz?". "Foi preso", presidente", informaram atordoados auxiliares. O fato remete os brasileiros aquela surreal reunião ministerial, onde Bolsonaro quase tirou o fígado do então ministro da Justiça, Sérgio Moro, exigindo mudanças na Polícia Federal para "proteger minha família e meus amigos". Todavia, a Polícia Civil de São Paulo chegou primeiro e levou Fabrício Queiroz em cana. "Anjo", foi o sugestivo nome da operação. Porém, nessa linha, fica ainda mais tenso o clima político, com a prisão de Queiroz, diante do pacote de quarta-feira, recheado com novas ameaças e insinuações de Bolsonaro, definidas pelo presidente da OAB, como "habituais declarações dúbias" do chefe da nação. Bolsonaro não se fez de rogado. Distribuiu lamúrias, em defesa de seus dóceis aliados: "Estão abusando", "Direitos são violados", "Idéias perseguidas", e "liberdade do povo". Resta saber em qual capítulo o enrolado Fabrício Queiroz se enquadra.

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