terça-feira, 11 de junho de 2019

A casa dos espíritos

Por Domingos Meirelles*

Cansada de espancar a verdade e insultar impunemente a Diretoria da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), a oposição viciou-se tanto na mentira que produziu uma nova modalidade de crime: o estelionato mediúnico. Ao comentar a última sessão do Conselho Deliberativo, a Chapa 2 (Chapa Luta pela Democracia) recorreu à psicografia. O signatário do artigo esbofeteia a realidade ao descrever episódios que não ocorreram na reunião, ataca de forma insidiosa o presidente do Conselho, aspergindo também ofensas aos integrantes da Chapa 1 (Chapa ABI para todos) e ao presidente da instituição. A narrativa seguia à risca o mantra combinado, o script parecia perfeito, se não fosse o diabo. Um velho adágio europeu ensina que ele mora nos detalhes. Foi o que aconteceu. 
O texto que a oposição atribuiu a Moura Reis é uma fraude. Ele não participou da reunião do Conselho, como tentaram fazer crer. Basta consultar a lista dos presentes. Estava em São Paulo, onde mora, no Sacomã, subdistrito do Ipiranga. Não se pode brincar com os espíritos. Até que se prove o contrário, não há notícia de que tenha desenvolvido o dom da mediunidade ou da ubiquidade, ou seja, a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo, o que é uma graça da espiritualidade e da divindade, respectivamente. 
A psicografia é uma manifestação espiritual que deve ser respeitada. Não pode ser usada também para fazer piadinhas de mau gosto contra a Diretoria da ABI. Esse episódio deplorável permite diferentes leituras, às vésperas de uma eleição para a escolha do comando da mais longeva entidade da sociedade civil. A primeira revela o desapreço da oposição pela verdade, um dos mandamentos sagrados do ofício. A segunda expõe a verdadeira dimensão do nível de compromisso daqueles que se propõem a dar novos rumos à instituição fundada por Gustavo de Lacerda. Não se pode acreditar em pessoas que fazem da mentira pasto e estilingue. 
Como se pode levar a sério jornalistas que debocham da religião, atacam evangélicos e só admitem conviver com aqueles que comungam do mesmo credo político? Pajé e seus cambonos precisam ser contidos. Não podemos deixar que transformem a ABI em uma seita de fanáticos como "os loucos de Deus", da Baixa Idade Média, que se imaginavam ungidos pela chispa divina, não respeitavam ninguém, e colocavam-se até acima do Papa. 

*Domingos João Meirelles é jornalista escritor que trabalha na RecordTV, como narrador do programa Câmera Record e também no Repórter Record Investigação.

Fique por dentro de nossas propostas e envie suas sugestões através de nosso e-mail: chapaabiparatodos2019@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário