A aprovação de lei de combate à corrupção; o fim do
voto secreto; a prisão dos envolvidos no Mensalão; o fim do voto obrigatório;
aprovação e cumprimento do Plano Nacional de Educação; e a reforma tributária
foram apontados pela senadora Ana Amélia (PP-RS) como as pautas dos manifestos
previstos para o sábado, 7 de Setembro, data que marca as comemorações pela
Independência do Brasil. Em discurso na tribuna, nesta sexta-feira (6), a
senadora Ana Amelia alertou a juventude organizada para que, nas manifestações
previstas para o sábado (7), busque o pacifismo, a disciplina e a ordem. A
parlamentar disse que a violência e o extremismo poderão esvaziar os protestos,
que são justos.
- A democracia requer de todos muita
responsabilidade toda vez que nós fazemos protestos ou cobramos atitudes ou
demandas por parte das autoridades que nos representam ou que representam o
país - afirmou.
Ana Amélia elogiou a atitude dos artistas brasileiros,
que recomendaram aos grupos organizadores das marchas a apresentação de uma
pauta de reivindicações e não a opção pela baderna. Ela também registrou que os
jovens estão com uma pauta tão extensa de reivindicações por terem sido
marginalizados nas decisões da política nacional tomadas nas últimas décadas. O
Dia da Independência deverá ser marcado por protestos em pelo menos 172 cidades
do país, organizados por pessoal ligado aos Anonymous e aos Black Blocks. Cerca
de 400 mil pessoas confirmaram presença nesses atos suprapartidários que
ocorrerão em todo o país.
- É uma pauta substantiva, relevante, que tem
sentido e se entrelaça entre si, porque a corrupção também se combate com mais
educação e cidadania, dada pela educação - observou. O Dia da Independência,
disse ainda a senadora, deve servir à reflexão sobre a pátria que os
brasileiros querem, com o menor nível possível de corrupção em todos os âmbitos
da administração, inclusive no setor privado, nas relações de instituições, nos
sindicatos, nas organizações não governamentais. Mas é fundamental, acrescentou
ela, que não haja radicalização nos confrontos. É preciso, como afirmou,
respeitar os limites, proteger as pessoas e também o patrimônio público e
privado.
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