Estou pronto e radiante para ir ao senado, acompanhar os debates da PEC das Praias. Vou com bermuda nova, com as cores do fluminense, chinelo de dedo, filtro solar, óculos escuro e boné de aposentado. Na entrada do plenário peço ao segurança um guarda-sol. Alguns senadores vão querer usar meu filtro solar. Só empresto para a senadora Leila Barros. Para cuidar da pele bonita e para o senador Esperidião Amin, proteger a famosa careca. Passarei pelo carrinho do bigodudo senador Chico Rodrigues, vendendo mate gelado. Mais à frente, barraca de lona azul. Com mesas e cadeiras. Coisa de senador abonado. Vendendo carne de sol, caldo e cana e distribuindo santinhos de Chico Xavier, o cearense boquirroto, Eduardo Girão. Berra e xinga o vento, chamando a PEC das Praias de Satanás. O trio do Amazonas, Omar Aziz, Eduardo Braga e Plinio Valério, armaram barraca saudando o Festival de Parintins e oferecendo aos presentes, sanduiches de tucumã e tigelas de açaí. Ao lado, o ambulante Jorge Kajuru vende biscoitos de polvilho e picolé de diversos sabores. A senadora e ex-ministra da agricultura, Tereza Cristina, montou barraca com frutas e verduras. Garante que não tem agrotóxicos. Escadas e binóculos para os salva-vidas, Humberto Costa, Jader Barbalho e Renan Calheiros. Bandeirinhas vermelhas indicam mar agitado no plenário. Algumas senadoras e senadores não sabem nadar. O vice-presidente, Veneziano do Rêgo mandou buscar coletes de salva-vidas. Rodrigo Pacheco solicitou a operosa diretora-geral da Casa, Iana Trombka, uma ambulância de prontidão. Com tubo de oxigênio. A excrecência PEC das praias foi aprovada na Câmara dos deputados.
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