Recorde que envergonha o pais.
Canalhice que humilha a liberdade de imprensa do Brasil. Covardia e omissão que
deveria doer no coração dos juízes. Refiro-me ao processo de indenização da
Tribuna da Imprensa. Há 35 anos ainda sem solução. O mais grave é que o STF há
muito tempo determinou que a União mandasse pagar a Tribuna da Imprensa. A má vontade dos homens, aliada a
irresponsabilidade, a inércia e a burocracia da Justiça é patética e irritante.
Todos se perguntam porque tanta indolência, omissão e sordidez. Os homens de
bem que ainda acreditam nas leis e nos magistrados, continuam exigindo resposta
para uma pergunta simples: o que falta para a Justiça pagar a indenização que a
União deve a Tribuna da Imprensa? Será que advogados e parte da banda boa da
imprensa não deveriam, mais uma vez, com firmeza, exigir providências para esta
insensatez que cobre de vergonha a todos nós? O próprio STF, a Suprema Corte do
país, e seus atilados ministros, que julgaram procedente a ação movida pela
Tribuna da Imprensa contra a União, não se sentem incomodados com o pouco caso
que a Justiça Federal carioca trata o assunto? Os magistrados que demoram uma eternidade
para julgar, avançar e finalmente concluir o processo de indenização favorável
a Tribuna da Imprensa, também são desrespeitosos com Hélio Fernandes, que a
vida inteira lutou e continua lutando, bravamente, pelo aprimoramento da
democracia e da liberdade de expressão. A Tribuna da Imprensa comandada por
Hélio Fernandes sempre foi uma trincheira das boas causas nacionais. As páginas
da Tribuna da Imprensa abrigavam comentaristas consagrados e respeitados.
Representantes de todos os segmentos de atividades. Entre eles, lembro com
orgulho, Sobral Pinto. Se ainda estivesse entre nós, a palavra forte e marcante
de Sobral Pinto não descansaria enquanto a Justiça, pela qual ele se dedicou
incansavelmente, não desse um ponto final neste longo martírio que se tornou a indenização
trabalhista à Tribuna da Imprensa.
Vicente Limongi Netto
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