terça-feira, 15 de julho de 2025

Brasileiros sofrem, são humilhados, famílias são destroçadas. todos os dias, vítimas do quadro medonho de tragédias, crimes, assassinados, sequestros, assaltos, roubos, estupros, golpes. É um Deus nos acuda. Em São Paulo, rapaz ordeiro,  trabalhador, negro, voltando para casa, como fazia diariamente, foi assassinado. Morto pelo policial militar, confundido com bandido. Mais um caso horroroso, vira infame e cretina estatística. No Paraná, jovem foi espancado e assassinado pelos seguranças do mercado, porque fugiu roubando uma barra de chocolate. Onde vamos parar? A violência, a insegurança, a impunidade, a incerteza de não voltar para casa, tornaram-se rotinas medonhas e perigosas do povo brasileiro.

Empolgação

Cativante e sublime o fervor cívico e o falatório dos meninos e meninas da Globonews, metendo a ripa no coitado do Trump. Analistas são primários.  Sangram os olhos de ódio, quando se referem ao lado político. O escolado Fernando Gabeira na dele. Com o habitual jeitão entedioso. Quem é da direita pega mais flechada do que o pobre São Sebastião.  Para a notável meninada, a turba da esquerda é repleta de puros e patriotas.

Cuidado com as palavras

Jair Bolsonaro, pingente de estimação de Donald Trump,  disse ser uma “aberração” o que ministros do STF fazem com o couro dele. Por sua vez, escondidos no anonimato, valentes ministros da Suprema Corte qualificaram como “risíveis” declarações de Trump contra a justiça brasileira. É preciso ter cuidado com o uso das palavras. Aquelas escritas, ficam. As faladas, voam. Nos dois casos o feitiço pode virar contra os feiticeiros. Exemplos gramaticais marcantes dignos de tiros nos pés dos açodados declarantes. Muitos brasileiros consideram Bolsonaro a própria encarnação da aberração. Precisa ter imenso espelho em casa. Nesta linha, a maioria esmagadora do povo brasileiro, julga risível o atual Supremo Tribunal Federal. Não leva o STF a sério. Os buracos das ruas e os ralos de esgotos têm semelhante opinião.

Aberto ao público

O brasileiro não merece, ver o domingo se encaminhando para a segunda-feira, ter que engolir uma nova porcariada global. TV que se gaba de ser rica e moderna, deveria ter vergonha na cara e produzir um novo programa que pelo menos tente deixar o telespectador animado na hora de botar a cabeça no travesseiro. E não jogar na poltrona dos brasileiros uma descarada apelação fantasiada de programa de humor. Coisa mais desprezível e agonizante para fechar o domingo. Os humoristas de araque usam a ingênua plateia em troca de 50 reais. Princesa Isabel precisa reencarnar e dar dura bronca na falta de sensibilidade da destrambelhada e sovina direção de um amontoado de bobagens chamado torpe e infamemente de programa “aberto ao público”. O Programa Silvio Santos é mais generoso, paga 100 reais para a ruidosa plateia. Sem usar artimanhas e piadinhas de última. Francamente. Chico Anisio, Renato Aragão, Jô Soares, Costinha, Golias, precisam ser respeitados. Decadência televisiva é isso.
Vicente Limongi Netto é jornalista.
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