Governo e políticos são esmerados em ópera bufa. O combalido presidencialismo é patético. O rosário de pantomimas não para. Primeiro Lula, que deveria dar o melhor exemplo de serenidade, garante que vive em lula-de-mel com o Congresso. Depois, o ministro da fazenda, Fernando Haddad, leva o projeto da reforma tributária para os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. A seguir, quando a nação imagina que a economia brasileira vai finalmente entrar nos trilhos, o próprio Lula manda o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, durante anos, advogado do presidente, suspender a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia. Medida aprovada pelo Congresso, com apoio dos próprios governistas. A farsa da empulhação prosseguiu, com Rodrigo Pacheco, autor da famigerada PEC do quinquênio, vir a público, exibindo dramática indignação, protestar contra a decisão de Zanin. Novos capítulos da repugnante papagaiada estão por vir.
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