Hilário, patético e sinistro o noticiário político. O cardápio de cargos a disposição de senadores, deputados, governadores e ministro é atraente e apetitoso. É preciso fortalecer a base parlamentar agradando os gulosos partidos e seus membros influentes. Querem sempre mais. O centrão tira o couro do governo sem perdão. Políticos, ministros e Lula tratam do assunto como se estivessem escalando times de futebol para disputar uma "pelada", ou, então, escolhendo o tipo do filé para jantar. Afinal, ninguém é de ferro. Sobremesa predileto é a cota. De quem é a cota. Do partido, do fulano, beltrano ou de Lula? Os conchavos são intensos. A pantomima é um abissal deboche com o povo, que deveria e merecia ser o mais ouvido e beneficiado com as escolhas. O judiciário também entra na rinha. Tribunais superiores tornaram-se casas políticas. Lula precisa tirar da cartola nomes que defendam os interesses do governo. Caso o escolhido for ministro de Estado, o escolhido tem que ser da cota do PT. É o fim da picada. Os jornais informam que determinado eleito, senador ou deputado, merece ser premiado com algum ministério porque pertence "a cota do partido tal". A televisão revela que o fulano será escolhido porque é exigência daquele partido que ajudou para a eleição de Lula. Colunistas garantem que beltrano vai ganhar ministério forte porque o partido dele tem bancada poderosa. Encontram um jeito de abrigar polítcos derrotados em cargos do segundo escalão. São filiados a partidos aliados do governo, amigos do peito de figuras próximas a Lula ou são amigos pessoais do próprio Lula ou apadrinhados da primeira-dama, Janja. Quem tem padrinho ou madrinha, não morre pagão. Por fim, permanecem duas perguntas, aguardando respostas, dentro do viciado, cretino e surrado presidencialismo brasileiro: quando, finalmente, anunciarão ministros e ministérios que trabalharão para solucionar os imensos problemas que afligem a maioria esmagadora da população? Quando os ministérios passarão a ser escolhidos e conhecidos como legítimas cotas do cidadão?
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