Diante do pavor da pandemia, usar máscara é gesto inteligente. De bom senso. Deve-se punir, sim, com rigor, quem insiste em não usar. Quer morrer, que morra sozinho. Não contamine os outros. Bolsonaro não é santo. Não somos. Santos estão nas igrejas e no céu. Por ser intolerante e vítima de maluco assassino, Bolsonaro não tem o direito de ser destemperado nem grosseiro. Muito menos de insultar as instituições. Impecável manchete do Correio Braziliense, "Escalada da insensatez"(4-5). Alegar, bater no peito que cumpre a Constituição, não é monopólio do presidente da República. É obrigação. Derreter-se em lamúrias, alegando trabalhar com denodo pelo país, também é dever de todo chefe da nação. Não faz nenhum favor. Igualmente deplorável debochar, xingar e ameaçar desafetos. O erro faz parte das deficiências do ser humano. Insistir neles é asnice, ignorância e má-fé. O clamor do mundo, dos médicos, cientistas e das pessoas que contraíram o vírus, mas que se curaram é no sentido de preservar vidas. De ficar em casa, evitando mais mortes. Nessa linha, então, Bolsonaro deveria se render as evidências. Deixar de exortar e participar de irresponsáveis aglomerações. Não demora, marcará “pelada” com seguranças e áulicos no campo do Alvorada. Com direito a torcida dos "apoiadores". É dever dos cidadãos alertar, criticar e elogiar gestos de grandeza do presidente. Pisando na bola, como tem feito com espantosa insistência, deve ser duramente criticado pela imprensa e pela população. Pintar Bolsonaro como coitadinho, mito e vítima, é pavoroso e raso argumento. Não tem postura de chefe de governo. Não consegue se conter e derrete-se em coices. Precisa, pelo menos, usar máscara, nos frequentes delírios de dono da constituição.
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